O lançamento foi registrado ao vivo nas redes sociais da NASA, que divulgou um vídeo do lançamento do Vulcan Centaur, da United Launch Alliance (ULA). O foguete decolou da Estação da Força Espacial dos EUA, em Cabo Canaveral, marcando sua viagem inaugural. O módulo Peregrine da Astrobotic, que está sendo transportado pelo foguete, tem como destino a região de latitude média da Lua chamada Sinus Viscositatis, ou Baía da Aderência, onde deverá pousar em 23 de fevereiro.
A missão tem um significado especial para os Estados Unidos, já que marca a primeira vez que o país tenta uma alunissagem desde a missão Apollo. Esta missão é parte do programa Commercial Lunar Payload Services (CLPS) da NASA, que visa estimular uma economia lunar mais ampla e enviar naves espaciais a baixo custo para a Lua.
A Nasa confirmou que o módulo de pouso ajudará a agência a compreender melhor os processos e a evolução planetária, procurar evidências de água e outros recursos, além de apoiar a exploração humana sustentável e de longo prazo. O administrador da NASA, Bill Nelson, afirmou que as missões CLPS ajudarão a compreender melhor a evolução do sistema solar e a moldar o futuro da exploração humana para a Geração Artemis.
A Agência pagou mais de 100 milhões de dólares à Astrobotic pela missão. Além disso, outra empresa contratada, Intuitive Machines, pretende lançar um foguete em fevereiro e pousar perto do polo sul da Lua. A Nasa acredita que essas missões permitirão viagens mais rentáveis e rápidas à superfície lunar como preparação para o programa Artemis, que visa levar astronautas ao solo lunar no final desta década, como preparação para futuras missões em Marte.
A missão não é isenta de desafios, já que o pouso controlado na Lua é uma tarefa difícil, com aproximadamente metade das tentativas resultando em fracassos. A missão também tem um componente controverso, já que transporta cinzas de personalidades, incluindo os restos cremados do criador da série Star Trek. A espaçonave também leva um conjunto de instrumentos científicos que servirão para estudar a radiação e a composição da superfície lunar, visando avançar no caminho para o retorno dos astronautas.