A vítima de Nélio foi presa por estelionato em 20 de julho do ano passado, em Niterói. Ele tentou sacar dinheiro em um caixa eletrônico usando um documento falso. Durante a prisão, alguns bens pessoais foram apreendidos, incluindo dois celulares, um relógio e cerca de R$ 90.
No dia 17 de novembro do ano passado, uma decisão judicial determinou que os celulares fossem devolvidos ao dono. Quatro dias depois, Nélio pegou os aparelhos, mas não avisou ou os devolveu ao cliente. Em trocas de mensagens por WhatsApp, ele afirmou que policiais da 76ª DP estavam cobrando R$ 5.000 para liberar os telefones sem a necessidade de perícia.
A vítima só descobriu a farsa quando foi à delegacia em busca de informações sobre os celulares, e os policiais explicaram que os aparelhos já haviam sido entregues a Nélio. Diante disso, ele informou aos policiais que o advogado estava usando o nome deles para liberar o celular e conseguir dinheiro.
Os agentes orientaram a vítima a negociar o pagamento e retirada dos celulares com o advogado, que foi preso na ocasião. Na delegacia, foi descoberto que havia outras anotações criminais em seu nome: quatro por estelionato, falsificação de documentos públicos, apropriação indébita, lesão corporal e falsificação de documentos públicos.
A atitude do advogado Nélio Victor da Silva foi irresponsável e incompatível com a ética profissional, violando os direitos do cliente e tentando obter vantagem financeira de forma ilegal. A justiça foi feita e ele foi preso em flagrante, mas fica a lição de que é preciso estar atento aos profissionais com quem lidamos, mesmo nos momentos mais delicados. A confiança depositada em um advogado, em uma situação como essa, pode se transformar em um pesadelo se não houver a devida responsabilidade e honestidade por parte do profissional. Medidas rigorosas devem ser tomadas para que episódios como esse não se repitam e para garantir que a justiça seja devidamente aplicada.
