África do Sul acusa Israel de genocídio na Faixa de Gaza e leva caso à mais alta corte da ONU em Haia

Após uma breve análise do confronto entre Israel e África do Sul perante a mais alta jurisdição da ONU, a situação é descrita a partir da acusação de Pretória contra Israel por “atos de genocídio” na Faixa de Gaza. Este comunicado deu origem a uma resposta acusadora de Israel contra a África do Sul, resultando em uma troca de detenções em Haia, na Corte Internacional de Justiça (CIJ) no próximo dia 11, quinta-feira.

A queixa da África do Sul à CIJ tem 84 páginas e se baseia principalmente no pedido para que Israel ponha fim imediatamente a todos os ataques militares em Gaza. Pretória entende que o governo israelense cometeu, está cometendo e corre o risco de continuar a cometer atos de genocídio contra o povo palestino na região. Em resposta, Israel descreveu a acusação como uma “difamação de sangue” e desmentiu as alegações feitas.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, afirmou que a responsabilidade pelo genocídio não deve ser atribuída a Israel, mas ao Hamas, o movimento islamista palestino. Desde os ataques do grupo em 7 de outubro, cerca de 1.140 pessoas morreram, a maioria sendo civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números israelenses.

Enquanto a África do Sul pede medidas urgentes para que Israel encerre sua operação militar, Israel, por sua vez, vê a acusação como algo completamente absurdo. A CIJ, que julga disputas entre Estados-membros, poderia emitir uma ordem para que Israel cesse seus ataques, mas é questionável a efetividade dessa ação. No entanto, segundo um advogado especialista em justiça internacional, a decisão judicial teria um “impacto simbólico extremamente importante”.

A disputa entre Israel e África do Sul é uma consequência das acusações de violações da convenção contra o genocídio da ONU. A África do Sul, apesar de condenar o ataque do Hamas, se posiciona contra a ação israelense em Gaza. A nação africana exige reparações para a reconstrução de Gaza e o retorno dos refugiados palestinos deslocados, mas esta medida já foi rejeitada por Washington.

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