Ainda de acordo com Dujarric, o secretário-geral António Guterres acredita que a humanidade está “queimando a Terra” e que o ano de 2023 serve como um aviso do futuro catastrófico que nos aguarda se não houver uma mudança significativa nas ações em relação às mudanças climáticas. No entanto, Guterres acredita que ainda é possível evitar o pior, desde que respondamos aos “recordes de temperaturas com ações revolucionárias” e os líderes mundiais se comprometam a elaborar novos planos de ação climática sérios.
A temperatura média de 2023 foi de 14,98°C, superando em 1,48°C a era pré-industrial (1850-1900) e aproximando-se perigosamente do limite de aumento global de temperaturas de 1,5°C previsto pelo Acordo de Paris. O relatório anual do Observatório Europeu do Clima Copernicus (C3S) também destacou que 2023 foi o ano mais quente da história, superando o recorde anterior estabelecido em 2016 por 0,17°C.
Em meio a esse cenário alarmante, segundo Dujarric, os líderes mundiais devem se comprometer a encerrar rapidamente a era dos combustíveis fósseis, investir em ajudar os países mais vulneráveis a combater o caos climático e garantir a justiça climática. O secretário-geral acredita que ainda é possível evitar o pior da catástrofe, mas apenas se houver a ambição necessária para limitar o aquecimento a 1,5°C. A expectativa é que a pressão internacional sobre os líderes mundiais aumente diante da urgência de ações para conter o aquecimento global e evitar futuras catástrofes climáticas.
Apesar dos desafios que se apresentam, a mensagem principal é de que a ação climática imediata é essencial para evitar um futuro catastrófico e garantir a sobrevivência do planeta.
