Emmanuel Macron nomeia Gabriel Attal, ministro popular da Educação, como primeiro-ministro da França para recuperar seu mandato.

Em anúncio feito na terça-feira (9), o presidente francês, Emmanuel Macron, nomeou o ministro da Educação, Gabriel Attal, como o novo primeiro-ministro da França, com a missão principal de recuperar seu mandato em um ano marcado pelas eleições europeias e pelos Jogos Olímpicos.

Aos 34 anos, Attal tornou-se o mais jovem primeiro-ministro francês, bem como o primeiro homossexual assumido a exercer o cargo no país. Seu desafio será combater o avanço da extrema direita na França e impedir que essa corrente política chegue ao poder até 2027.

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Atendendo as expectativas do presidente francês, o futuro primeiro-ministro deverá promover um tipo de rearmamento “industrial, econômico, europeu” e também “cívico”, com o objetivo de impulsionar o segundo mandato de Emmanuel Macron, conforme prometido pelo próprio líder centrista no final de 2023.

Em uma mensagem dirigida ao novo chefe de governo, Macron expressou sua confiança em Attal, destacando a importância da integração do projeto de rearmamento e regeneração que ele anunciou. Durante a cerimônia de transferência de poder, Attal confirmou sua missão de manter o controle do destino da França e liberar todo o potencial do país, com foco no trabalho, empresas, juventude e escola.

Attal sucede Elisabeth Borne, que renunciou após a aprovação de uma reforma migratória em dezembro. A antecessora de Attal registrou um mandato marcado por protestos contra a reforma da Previdência e distúrbios urbanos em 2023.

Com uma imagem de “bom aluno”, Attal foi elogiado por sua contribuição enquanto ministro da Educação, defendendo um modelo de escola com foco em “direitos e deveres”. Ele tomou medidas como proibir o uso da abaya (vestimenta usada por mulheres muçulmanas) e manifestou abertura para experimentar o uso de uniformes nas escolas.

Sua ascensão política notável, de secretário de Estado em 2018 a primeiro-ministro, faz lembrar a estratégia usada por Macron, que se tornou presidente da França com apenas 39 anos, em 2017.

A nomeação de Attal é interpretada como uma escolha “ofensiva” para as eleições europeias, mas ainda se questiona qual será o impacto desta nomeação na frágil unidade do partido no poder e para o futuro do segundo mandato de Macron.

A indicação de Attal gerou críticas e questionamentos quanto aos efeitos da posição do presidente centrista diante da perda da maioria relativa em 2022. Desde então, Macron precisa do apoio da oposição de direita para aprovar suas reformas no Parlamento, o que provoca tensões com a ala esquerda do partido no poder.

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