Governo venezuelano condena “expropriação vulgar” da refinaria Citgo nos Estados Unidos.

O governo da Venezuela manifestou sua indignação com o que classificou como uma “expropriação vulgar” da refinaria Citgo, subsidiária da petrolífera estatal PDVSA nos Estados Unidos. Segundo o governo de Caracas, essa ação representa uma agressão adicional das instituições norte-americanas contra a Venezuela.

As medidas americanas, que incluem a expropriação das ações da Citgo para cobrar indenizações por antigas expropriações de ativos petrolíferos e mineiros, bem como dívidas do governo e da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), foram repudiadas pelo governo de Nicolás Maduro. A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou, na segunda-feira, a revisão da decisão de permitir a venda das ações da Citgo.

A disputa pela posse da refinaria surgiu após os Estados Unidos reconhecerem a oposição, liderada pelo autoproclamado presidente interino Juan Guaidó, como a única autoridade legítima da Venezuela. Depois disso, o controle da Citgo foi entregue à oposição e a empresa passou a ser alvo de processos judiciais que ultrapassam os US$ 20 bilhões.

O governo de Nicolás Maduro responsabiliza o antigo Parlamento, de maioria oposicionista, por prejuízos à Citgo e ao patrimônio venezuelano, enquanto a oposição pede a anulação da decisão da Suprema Corte. Esta, por sua vez, rejeitou o pedido de revisão e, assim, a situação fica ainda mais crítica.

Todas estas decisões culminam em uma situação tensa envolvendo países, organizações e interesses financeiros internacionais, em um cenário que está longe de ser resolvido. O governo venezuelano promete adotar todas as medidas políticas, diplomáticas e jurídicas ao seu alcance para evitar a perda definitiva da Citgo, enquanto a oposição e os credores buscam garantir a execução dos seus direitos. O futuro da refinaria Citgo está longe de ser pacífico e tranquilo, e as decisões judiciais e políticas continuarão a desempenhar um papel fundamental na questão.

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