LaPierre, que anunciou sua saída da presidência da NRA alegando razões de saúde na semana passada, está sendo acusado de utilizar a NRA como seu “cofre pessoal”, conforme alegações apresentadas pelo gabinete da procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James. Segundo as declarações, LaPierre e outros altos dirigentes da NRA teriam se apropriado indevidamente de milhões de dólares para financiar seus próprios benefícios pessoais, incluindo jatos privados, alimentos caros e viagens familiares às Bahamas.
A acusação contra LaPierre e outros altos dirigentes da associação foi arquivada no ano passado, e as alegações terão que ser comprovadas neste julgamento que ocorre na Suprema Corte do estado de Nova York. A NRA, que atua como entidade beneficente sem fins lucrativos registrada em Nova York, é legalmente obrigada a utilizar seus recursos para fins de caridade, e não para bancar estilos de vida luxuosos de seus dirigentes e pessoas com informações privilegiadas da organização.
A NRA, que é a principal defensora do direito à posse de armas nos Estados Unidos há 150 anos, concentrou seus esforços na luta contra as restrições a elas desde a década de 1970. Durante as eleições presidenciais de 2016, a associação gastou cerca de 20 milhões de dólares em anúncios atacando a democrata Hillary Clinton e outros 10 milhões de dólares em anúncios apoiando o republicano Donald Trump.
Com a iminente saída de LaPierre, o atual chefe de operações gerais, Andrew Arulanandam, assumirá a presidência interina da NRA. Novas revelações devem surgir nos próximos dias à medida que o julgamento continua a desenrolar, deixando as consequências dessa saga nas mãos da Justiça de Nova York.