Tribunal de apelações do Peru confirma pena de prisão a Kenji Fujimori, filho de ex-presidente, mas mantém suspensão da prisão.

O ex-congressista Kenji Fujimori, filho do ex-presidente do Peru Alberto Fujimori, foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão suspensa por tráfico de influência. A sentença foi confirmada por um tribunal de apelações nesta terça-feira (9). Fujimori, de 43 anos, evitou a prisão efetiva devido a um novo artigo do código penal de novembro de 2023, que estipula que a execução da pena é suspensa quando não ultrapassa cinco anos.

Apesar da confirmação da sentença, o ex-congressista seguirá em liberdade, cumprindo obrigações de conduta, como a realização de uma obra social sob a cooperação do Instituto Nacional Penitenciário. O Juiz César San Martín, que preside o tribunal, também foi responsável pela condenação do ex-presidente Fujimori a 25 anos de prisão em 2009 por crimes contra a humanidade durante o seu governo.

Kenji é irmão da candidata presidencial Keiko Fujimori, cuja família dominou a vida política peruana por mais de três décadas. Atualmente, Keiko enfrenta um processo por suposta corrupção no escândalo da Odebrecht. A promotoria denunciou Kenji e outros condenados por envolvimento em tráfico de influência com base em um vídeo no qual negociou apoio ao então presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski em um processo de impeachment no Congresso, em troca de favores políticos.

O advogado de Kenji, Elio Riera, afirmou que apresentará um habeas corpus alegando a inocência de seu cliente. Mesmo com a confirmação da sentença, ele permanece em liberdade, podendo apelar da decisão. A sentença foi lida em uma audiência virtual transmitida pelo canal de televisão do Poder Judiciário, no qual Kenji Fujimori estava conectado.

Essa decisão repercutiu não só na política peruana, mas também na esfera internacional, uma vez que a família Fujimori e suas ações têm sido alvo de atenção pública e críticas ao longo dos anos. A condenação de Kenji Fujimori por tráfico de influência ressalta um capítulo conturbado na história política do Peru, com repercussões que ainda estão por vir.

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