Na capital, Quito, o terror se instalou nas ruas, com tiroteios ocorrendo a poucas quadras de estabelecimentos comerciais. Uma comerciante de 54 anos contou que as pessoas fecharam as lojas e correram para se proteger. Ela pendurou máscaras e revistas em suas portas por medo de roubos, enquanto a falta de transporte público estava causando transtornos na cidade.
Na perigosa cidade de Guayaquil, vários hotéis, escritórios e comércios fecharam, deixando os poucos transeuntes sem respostas às perguntas dos jornalistas. Essa onda de violência começou após a fuga de Adolfo Macías, conhecido como Fito, chefe da principal gangue do país, Los Choneros. Desde então, houve explosões, motins carcerários, sequestros de policiais e funcionários penitenciários retidos em uma investigação do narcotráfico, deixando um saldo de 14 mortos.
Nas ruas, a presença das forças armadas trouxe um pouco de alívio à população, que estava se sentindo insegura. A cidade de Quito, conhecida por seu burburinho habitual, estava silenciosa e vazia, com poucas pessoas se aventurando nas ruas desertas.
Com a violência quebrando o trânsito, as pessoas passaram a se reunir para caminhar juntas, compartilhar veículos e exorcizar o medo de serem atacadas. Universidades e escolas aderiram às aulas remotas, e algumas entidades optaram pelo teletrabalho ou meio expediente.
Os moradores estão assustados, tentando seguir com suas vidas em meio ao caos e à insegurança. A incerteza do que vai acontecer a seguir paira sobre suas cabeças. A esperança de que as forças armadas possam trazer de volta a segurança é o que motiva essas pessoas a saírem de suas casas todos os dias. Eles estão cansados, com medo, mas ainda assim lutando para seguir em frente.
