A Força Aérea Brasileira (FAB) informou na noite de quarta-feira que o helicóptero desaparecido no estado de São Paulo ainda não foi encontrado. A aeronave, que transportava quatro pessoas, desapareceu em 31 de dezembro entre as cidades de São Paulo e Ilhabela, no litoral norte do estado.
As buscas tiveram início no dia seguinte ao desaparecimento, e, de acordo com a Polícia Civil, antenas de telefonia registraram a localização aproximada do sinal de dois aparelhos celulares pertencentes aos passageiros. No entanto, a corporação não informou se buscas já foram realizadas na região onde os aparelhos emitiram os sinais ou quando os sinais foram registrados.
A Polícia Civil informou que foi localizado o sinal de um novo aparelho de um dos desaparecidos na mesma região onde o primeiro foi localizado no dia 1º de janeiro. No entanto, não foi realizada a interceptação telefônica de áudio, dados telemáticos ou mensagens de texto dos ocupantes do helicóptero desaparecido. Em relação aos outros dois aparelhos dos demais passageiros, não foram localizados sinais de atividade, o que indica que estejam desligados.
As buscas feitas pela FAB são realizadas pelas aeronaves SC-105 Amazonas, do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação da FAB, e H-60 Black Hawk, do Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação. Apesar das condições meteorológicas e do relevo montanhoso na região, as buscas ocorrem desde 1º de janeiro em uma área total de cinco mil quilômetros quadrados.
O SC-105 Amazonas é equipado com um sistema eletro-óptico de busca por imagem e por espectro infravermelho, que permite realizar buscas pelo calor, detectando, por exemplo, uma aeronave encoberta pela vegetação ou uma pessoa no mar. A aeronave também possui um radar com alcance de até 360 quilômetros.
O helicóptero desaparecido partiu da capital paulista para Ilhabela no último dia do ano, mas não conseguiu chegar ao destino. Além do piloto, estavam na aeronave três passageiros: Luciana Rodzewics, de 45 anos, a filha Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos, e Rafael Torres, um amigo da família que fez o convite para o passeio. O último contato com a torre de controle foi às 15h10 de domingo, quando sobrevoava Caraguatatuba. Até o momento, as autoridades ainda não localizaram o helicóptero desaparecido.
