Ministério do Trabalho resgata 3.190 trabalhadores em situação de escravidão, o maior número de resgates em 14 anos.

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou um balanço na última quarta-feira (10) informando que em 2023 foram resgatados 3.190 trabalhadores em situação de trabalho análogo à escravidão no Brasil. Esses resgates representam o maior número registrado em 14 anos. Durante o ano passado foram fiscalizados 598 estabelecimentos urbanos e rurais, resultando no pagamento de R$ 12,8 milhões em verbas salariais e rescisórias aos trabalhadores resgatados.

Segundo o balanço do MTE, os maiores resgates ocorreram nos estados de Goiás (739), Minas Gerais (651) e São Paulo (392). Também foi informado que Minas Gerais foi o estado onde mais ações foram realizadas, totalizando 117 fiscalizações. O cultivo de café foi o setor com o maior número de trabalhadores resgatados, totalizando 302, seguido do setor da cana-de-açúcar, com 258 resgates.

A Região Sudeste registrou o maior número de ações e resgates, com 225 estabelecimentos fiscalizados e 1.153 trabalhadores resgatados, seguido pelo Centro-Oeste, com 114 fiscalizações e 820 resgates. O Nordeste, Sul e Norte também apresentaram números de resgates significativos.

Desde a criação dos grupos de fiscalização móvel, em 1995, o número de trabalhadores flagrados em situação análoga à escravidão subiu para 63,4 mil. A fiscalização é coordenada pelo MTE, por meio do Grupo Móvel, em parceria com outros órgãos como as polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Defensoria Pública da União (DPU) e o Ministério Público Federal (MPF).

Além disso, o combate ao trabalho análogo à escravidão conta com a possibilidade de denúncias feitas de forma remota e sigilosa no Sistema Ipê. Esses números mostram a importância do trabalho realizado pelo MTE e seus parceiros na luta contra a exploração do trabalho no Brasil.

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