Em entrevista à Rádio Nacional e à Agência Brasil, Gulnar Azevedo informou que a prioridade máxima estabelecida pela nova gestão é garantir autonomia financeira, administrativa e acadêmica na universidade. A ideia é ampliar a Uerj, mas com estrutura suficiente para manter o que já foi construído até agora.
A nova reitora pretende cuidar com atenção da questão da acessibilidade e da maior inclusão, favorecendo também pessoas com dificuldade financeira para que tenham acesso à universidade. Outra meta é ampliar a política de assistência estudantil e melhorar as condições de trabalho salariais, incluindo a promoção de saúde, inclusive de saúde mental.
Para garantir a permanência dos estudantes na Uerj, foi ampliado até dezembro o auxílio-alimentação. Além disso, já foi assinado ato que reajustou, de acordo com o reajuste de salário mínimo, o valor das bolsas para cotistas, que a Uerj dá para estudantes que têm dificuldade financeira para continuarem na universidade. A reitoria também está trabalhando para garantir acesso à alimentação em todos os campi. No campus Maracanã, já está sendo feita reforma para aumentar a oferta de refeições por dia. Também está em pauta a aprovação, pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), da Lei de Assistência Estudantil estadual.
Gulnar Azevedo será a segunda mulher a exercer a reitoria da Uerj, em 73 anos de história da instituição. Na sua avaliação, as mulheres, cada vez mais, têm que estabelecer esse trabalho e ocupar esses cargos. Uma de suas ações será a criação da Superintendência de Igualdade Racial e de Gênero.
Além disso, a nova direção da universidade pretende identificar as necessidades existentes de formação, vinculadas ao desenvolvimento do estado e, também à possibilidade de inserção dos alunos formados no mercado de trabalho. Gulnar assegura que a Uerj tem que se aproximar do mundo do trabalho e também pretende ampliar as parcerias da Uerj com universidades do mundo inteiro, implementando a área internacional na instituição e garantindo para os estudantes o acesso ao aprendizado de idiomas.
A reitora também quer fortalecer as redes internacionais já existentes na Uerj com a Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos e, inclusive, abrir outras, intensificando convênios como Japão e, também, fazendo um trabalho mais próximo com a China. As parcerias desejadas pela nova gestão da Uerj concentram-se nas áreas tecnológica, de saúde, biomédica, geologia, química, letras e ciências sociais.