O Equador em “estado de guerra” enfrenta terror do tráfico pelo 3º dia: Violência atinge níveis recordes no país

Equador em estado de guerra: o avanço do narcotráfico e o recorde de violência

O Equador, país conhecido por sua economia estável e relativa segurança, vem enfrentando uma onda de violência sem precedentes nos últimos anos, em decorrência do avanço das gangues de narcotráfico na região. Tais eventos colocaram o país em terceiro lugar no ranking dos mais violentos da América do Sul em 2022, representando uma guinada na realidade local.

Recentemente, a população equatoriana testemunhou a fuga de dois membros de grandes quadrilhas criminosas, o que resultou em ataques explosivos, tumultos em presídios e a tomada de policiais como reféns. Esses acontecimentos contribuem para a primeira crise do governo do presidente Daniel Noboa, de 36 anos. Todavia, o cenário também reflete problemas estruturais e de violência que já existiam no país.

Noboa declarou que o Equador vive um estado de conflito armado interno e nomeou 22 grupos criminosos como organizações terroristas. Esse movimento surgiu após a fuga de Adolfo Macías, líder da gangue Los Choneros, e de Fabricio Colón Pico, membro de Los Lobos, que ativaram operações policiais intensas, uma vez que ambas as organizações representam grande poder no país.

A crise com essas gangues foi intensificada durante a pandemia, quando elas ganharam mais força concomitantemente ao aumento da influência de cartéis mexicanos no território equatoriano. O objetivo dos criminosos é estabelecer domínio sobre a área metropolitana de Guayaquil, a maior cidade do país e ponto estratégico nas rotas internacionais do narcotráfico.

Os Choneros e Lobos são grupos poderosos e têm uma história marcada por violência e controle do tráfico de drogas. Iniciado na década de 1990, Los Choneros se tornou uma das gangues mais dominantes do Equador, com uma rede ampla de tráfico de drogas, esquemas de extorsão e assassinatos por encomenda. Por sua vez, Los Lobos, vinculada ao Cartel de Sinaloa, passou a rivalizar com Los Choneros, envolvendo-se em tráfico de drogas e até na indústria de mineração ilegal.

Com esse contexto de disputas entre gangues e a influência de cartéis internacionais, as taxas de homicídio no Equador alcançaram níveis alarmantes, chegando a ultrapassar as do Brasil e elevando o país à condição de terceiro mais violento da América do Sul.

Em meio a essa situação crítica, o Equador enfrenta desafios significativos para conter a violência e restaurar a segurança no país, o que demandará esforços contínuos e coordenados por parte das autoridades locais e internacionais.

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