O Equador enfrenta “Conflito Armado Interno” após fuga de chefão da quadrilha. Presidente decreta estado de emergência em todo o país.

O Equador é a nova matéria prima dos noticiários depois do estado de “Conflito Armado Interno” decretado pelo presidente Daniel Noboa. A pequena nação, a estas alturas tem assistido cenas de violência, com tiroteios, incêndios a carros e execuções. A prisão do chefe da maior quadrilha criminosa equatoriana em Guayaquil, no sudoeste, desencadeou esse estado de caos pelo qual o país passa.

Desde então, ocorreram dezenas de prisões e pelo menos dez mortes, a maioria dos quais em Guayaquil, cidade onde o líder da facção Los Choneros estava preso. Na terça-feira, foram registrados oito assassinatos. Até o momento, 1.932 chamadas notificando crimes foram atendidas pela central, e 650 situações de emergência foram atendidas. Além disso, um grupo armado invadiu o canal de televisão TC e obrigou os funcionários a deitarem no chão ao vivo. Em resposta aos atos violentos, a Polícia Nacional do Equador divulgou um balanço indicando que 70 pessoas foram presas e 17 foragidos recapturados.

Esse cenário de violência representa uma crise para o jovem presidente, que até então não tinha enfrentado um teste tão severo de governabilidade. Diante disso, Daniel Noboa, de apenas 36 anos, resolveu enfrentar a crise, declarando guerra contra a delinquência e o narcoterrorismo nas redes sociais. Para enfrentar a situação, ele ainda emitiu um novo decreto, instaurando um estado de “Conflito Armado Interno”, autorizando as Forças Armadas a “neutralizar” as 22 gangues criminosas, agora declaradas organizações terroristas no país.

As primeiras medidas de enfrentamento às facções criminosas também foram tomadas. A Polícia Nacional ouriçou a prisão de 70 pessoas e a recaptura de 17 foragidos, além do resgate de três dos sete policiais sequestrados. Também informaram sobre a interrupção de oito eventos com artefatos explosivos e a apreensão de quinze coquetéis molotov, nove armas de fogo e 308 munições.

A crise abalou a segurança do equatorianos, que até pouco tempo atrás era considerado um dos países mais pacíficos da América do Sul. A tendência é que o governo intensifique os esforços para retomar o controle, mas é esperado que a violência continue a deixar o país e a população em estado de alerta.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo