Escritório de advocacia britânico entra com denúncia de 1 bilhão de libras contra petrolífera Repsol por vazamento de petróleo no Peru.

Escritório britânico de advocacia denuncia empresa petroleira espanhola Repsol por vazamento de petróleo no Peru

Um escritório britânico de advocacia anunciou, nesta quinta-feira (11), que apresentou uma denúncia em um tribunal holandês contra a empresa petroleira espanhola Repsol, no valor de 1 bilhão de libras (cerca de R$ 6,22 bilhões) por um vazamento de petróleo que ocorreu há dois anos na costa do Peru.

O escritório Pogust Goodhead, especializado em direito ambiental, confirmou à AFP que apresentou a denúncia na quarta-feira em um tribunal de Haia, em nome da Fundação Holandesa de Direitos Ambientais e Fundamentais. Segundo o escritório, esta fundação reuniu milhares de ações de afetados no vazamento, pedindo “ao menos um bilhão de libras esterlinas em perdas e danos para os afetados”, de acordo com o comunicado divulgado nesta quinta-feira.

O vazamento de cerca de 12.000 barris de petróleo ocorreu em 15 de janeiro de 2022, quando o petroleiro “Mare Doricum”, de bandeira italiana, descarregava petróleo cru na refinaria de La Pampilla, 30 km ao norte de Lima. O petróleo se espalhou pelas águas e pela costa até 140 km ao norte da refinaria, causando a morte de uma quantidade indeterminada de peixes, aves e mamíferos marinhos. As atividades pesqueiras e turísticas na região foram prejudicadas desde o acidente, considerado a pior emergência ambiental registrada no Peru.

A Pogust Goodhead é a mesma empresa que apresentou um processo no Reino Unido, com 200.000 assinaturas, contra a empresa de mineração britânico-australiana BHP, uma das responsáveis pelo vazamento, em novembro de 2015, de quase 40 milhões de metros cúbicos de resíduos minerais após o rompimento da barragem de Fundão, na cidade mineira de Mariana. A barragem pertencia à mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP.

É importante ressaltar que a denúncia de vazamento de petróleo no Peru tem como objetivo reivindicar danos materiais e morais para a população afetada e seguirá em trâmite legal nos tribunais holandeses. A Repsol ainda não se manifestou publicamente sobre o caso e, até o momento, não apresentou um posicionamento oficial em relação à denúncia apresentada. O processo, iniciado pelo escritório Pogust Goodhead, segue sob análise e apuração das autoridades competentes.

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