Por outro lado, Israel enfrenta um processo no Tribunal Internacional de Justiça movido pela África do Sul por supostos atos de “genocídio” em sua ofensiva contra Gaza. O presidente israelense, Isaac Herzog, negou veementemente as acusações, classificando-as como “absurdas”. Testemunhas relataram intensos bombardeios israelenses na cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, cujos combates já deixaram 62 mortos em toda a Faixa, de acordo com o grupo Hamas.
Enquanto isso, organizações internacionais alertam para uma possível catástrofe sanitária em Gaza, onde 85% da população foi deslocada e a ajuda humanitária enfrenta dificuldades para chegar devido aos “obstáculos quase intransponíveis”. Em meio a esse cenário desolador, um médico aposentado em Rafah transformou sua loja em uma sala de primeiros socorros para tratar os feridos.
A guerra, que iniciou em 7 de outubro, segue até hoje sem uma solução à vista. A contagem oficial aponta para quase 1.140 mortos do lado palestino, a maioria civis, e pelo menos 23.357 mortes confirmadas do lado israelense, a maioria mulheres e crianças. Além disso, a região experimentou um aumento significativo das hostilidades no Mar Vermelho, onde forças britânicas e norte-americanas interceptaram 18 drones e três mísseis lançados pelos rebeldes Houthi do Iêmen.
No meio do caos, a viagem de Blinken também incluiu uma reunião com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, para discutir reformas necessárias no governo local, a fim de assumir um papel de liderança no futuro de Gaza após o conflito. Como resultado dessas reuniões, Blinken expressou a necessidade urgente de prevenir a propagação do conflito e de desenvolver um plano claro para o futuro da região.
Dessa forma, a situação no Oriente Médio permanece tensa e a expectativa é de que novas rodadas de negociação e diálogo ainda sejam necessárias para alcançar uma resolução pacífica para um conflito que já dura vários meses.
