Pentágono investigará falha de secretário de Defesa dos EUA por não notificar governo sobre sua hospitalização.

O escritório do inspetor-geral do Pentágono informou nesta quinta-feira (11) que investigará a falha do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, de não reportar ao governo sua hospitalização, enquanto aumentam as críticas contra o funcionário por manter silêncio sobre sua saúde.

Por várias semanas, Austin manteve segredo sobre seu estado de saúde para o presidente Joe Biden e o Congresso, depois de ser diagnosticado com câncer de próstata, e tampouco informou sobre sua hospitalização no início do ano. Esse silêncio despertou críticas e aumentou as vozes que exigem sua renúncia ou destituição.

Essa situação se tornou uma grande dor de cabeça para Biden em um ano eleitoral, colocando o presidente na defensiva e abrindo um flanco para ataques dos republicanos, que afirmam que ele está muito velho para o trabalho.

A investigação do Pentágono vai examinar os papéis, processos, procedimentos, responsabilidades e ações relacionadas com a hospitalização do secretário de Defesa em dezembro de 2023 – janeiro de 2024, em relação ao tratamento de Austin para câncer de próstata e as complicações subsequentes. Além disso, ela avaliará se as políticas e os procedimentos do Departamento de Defesa são suficientes para garantir notificações oportunas e apropriadas e a transição efetiva de autoridades.

Austin, um veterano do serviço militar de 70 anos, foi submetido a uma cirurgia menor para seu tratamento de câncer em 22 de dezembro e voltou para casa no dia seguinte. Contudo, teve que voltar a ser internado por complicações como náuseas e dores severas em 1º de janeiro.

A Casa Branca não foi informada sobre a hospitalização do chefe do Pentágono até a quinta-feira passada, e o Congresso até a sexta, enquanto Biden só soube do diagnóstico de câncer esta semana.

A situação gerou um grande impacto político nos Estados Unidos, com congressistas republicanos pedindo a saída de Austin e ameaçando entrar com um processo de impeachment contra ele.

Todo esse cenário envolve uma série de ataques a altos funcionários do governo Biden, na tentativa de enfraquecer os democratas antes das eleições presidenciais de novembro.

Em resposta, o chefe do Gabinete, Jeff Zients, determinou uma revisão urgente das regras para os casos em que altos funcionários do governo estejam incapacitados para trabalhar, como fez a chefe do gabinete de Austin, Kelly Magsamen.

A situação se torna ainda mais preocupante ao considerar a situação das forças americanas no Iraque e na Síria, que têm sido frequentemente alvo de ataques, além dos rebeldes iemenitas que atacam navios comerciais no Mar Vermelho.

Em resumo, a gestão de Austin à frente do Pentágono levanta questionamentos e debates envolvendo questões de saúde, transparência, e segurança nacional, colocando em xeque tanto sua permanência no cargo, quanto a credibilidade do governo Biden.

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