Ataques no Mar Vermelho preocupam a ONU; Secretário-geral pede que partes envolvidas não agravem a situação.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez um apelo nesta sexta-feira (12) para que todas as partes envolvidas não agravem a situação volátil no Mar Vermelho. O porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, divulgou a declaração em meio aos ataques desferidos por Washington e Londres contra os rebeldes huthis do Iêmen.

Segundo Dujarric, Guterres pediu que todas as partes envolvidas não escalassem ainda mais a situação no Mar Vermelho e na região em geral, com o intuito de preservar a paz e a estabilidade. Além disso, o secretário-geral solicitou que os Estados-membros realizassem ações militares para defender seus navios dos ataques, mas em conformidade com o direito internacional.

Os ataques dos Estados Unidos e do Reino Unido contra as posições dos huthis no Iêmen, em resposta aos ataques desses rebeldes apoiados pelo Irã contra o tráfego marítimo no Mar Vermelho, chamaram a atenção para a situação delicada na região. Esses ataques foram interpretados como um gesto de solidariedade aos palestinos de Gaza, no conflito com Israel e o grupo islâmico Hamas.

A proteção do tráfego marítimo no Mar Vermelho se tornou uma preocupação internacional, visto que esta região é estrategicamente importante para o comércio mundial. No entanto, a Rússia denunciou a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, alegando que ela coloca em risco a segurança e a proteção das cadeias globais de abastecimento de materiais.

Guterres reforçou seu apelo para que os rebeldes huthis cumpram a resolução aprovada recentemente pelo Conselho de Segurança da ONU, que exige o fim imediato dos ataques na região. Ele afirmou que os ataques contra o transporte marítimo internacional são inaceitáveis e representam um risco para a segurança e a estabilidade econômica e humanitária global.

Por fim, o secretário-geral manifestou preocupação com a possibilidade de a situação no Iêmen se deteriorar ainda mais e pediu que todas as partes envolvidas façam o possível para buscar uma solução pacífica. Seu temor é que o trabalho realizado até agora para tentar pôr fim ao conflito no país seja perdido.

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