Autoridades colombianas consideram possível que chefão do narcotráfico, “Fito”, tenha entrado no país, provocando onda de violência no Equador.

Autoridades colombianas estão em alerta para a possibilidade de a chefe do narcotráfico Adolfo Macías, conhecido como “Fito”, ter entrado em seu território. Fito escapou da prisão no Equador e é o líder da principal facção criminosa do país chamada Los Choneros. Sua fuga é apontada como o motivo central para uma onda de violência que resultou em 18 mortes em cinco dias no Equador.

Em resposta à fuga de Fito, o governo equatoriano mobilizou tropas e lançou uma ofensiva severa contra o narcotraficante. No entanto, a resposta a essa ofensiva foi violenta, com motins nas prisões, 175 funcionários reféns e violência nas ruas, incluindo explosões, incêndios de veículos e tiroteios.

O comandante das Forças Militares da Colômbia, Helder Giraldo, informou que é possível que Fito tenha entrado no território colombiano. Ele também enfatizou que há outros 20 fugitivos das prisões equatorianas aos quais as autoridades colombianas estão atentas.

Devido à sua posição como vizinha do Equador e maior produtora de cocaína, a Colômbia está atenta ao que o presidente equatoriano, Daniel Noboa, chamou de “conflito armado interno” em seu país, pois a crise no Equador levanta preocupações sobre a deterioração das condições de segurança na fronteira colombiana.

A crise no Equador tem sido atribuída em parte à falta de controle nas prisões, que são usadas como centros de operações do crime organizado, onde os narcotraficantes gerenciam o tráfico de drogas, ordenam assassinatos, administram os lucros do crime e lutam pelo poder com rivais.

As autoridades equatorianas anunciaram medidas para aliviar a superlotação nas prisões, como a “repatriação” de presos colombianos e a militarização da zona fronteiriça para evitar a passagem de criminosos. No entanto, as ações do governo equatoriano têm sido motivo de controvérsia e críticas, com a Organização das Nações Unidas (ONU) pedindo uma resposta “proporcional” e que respeite o direito internacional, e a Organização dos Estados Americanos (OEA) condenando as ações violentas.

A crise no Equador gerou reações internacionais, com países como os Estados Unidos, Brasil, Chile, Venezuela, República Dominicana, Espanha, União Europeia e a ONU repudiando a investida do narcotráfico no país e oferecendo apoio. A onda de violência interna também levou a França e a Rússia a advertirem seus cidadãos a não viajarem para o Equador.

Diante de todos esses acontecimentos, a população equatoriana tem vivido dias de confinamento e medo, com episódios de desinformação e pânico, apesar dos desmentidos das autoridades. No entanto, aos poucos, a atividade nas principais cidades tem sido retomada, com a reabertura da maioria dos comércios e a retomada do transporte público. Apesar disso, a situação permanece instável e preocupante.

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