Desde que passou para o segundo turno, em junho, contrariando todas as previsões, Arévalo conseguiu se desviar das tentativas do Ministério Público de suspender sua imunidade e anular o resultado eleitoral. Entretanto, ele ainda enfrenta a suspensão de seu partido, Semilla, e o risco de que seus deputados tenham pouca margem de manobra.
Apesar dos desafios, Arévalo conta com o apoio dos Estados Unidos, União Europeia, países latino-americanos e organizações internacionais. Seu objetivo é substituir o direitista Alejandro Giammattei, e suas propostas têm como foco enfrentar a corrupção e a violência que assolam a Guatemala. Seis em cada dez guatemaltecos vivem na pobreza e a tarefa de Arévalo é encarar esses desafios.
A promessa de Arévalo é fechar a torneira do dinheiro público que enriqueceu as elites do país, enquanto a população sofre com a desnutrição e o alto índice de analfabetismo. Sua estratégia inclui a criação de uma comissão para propor reformas que impeçam o enriquecimento ilícito e o clientelismo político. Há uma grande expectativa por parte da sociedade guatemalteca em relação ao novo presidente, que deverá resgatar instituições cooptadas pelas elites corruptas.
Apesar das adversidades que enfrentou e continuará enfrentando, Arévalo conta com o apoio dos jovens e dos indígenas, historicamente marginalizados no país. A população guatemalteca espera que o novo presidente traga mudanças significativas, mas Arévalo ressalta que a reconstrução da democracia é uma tarefa árdua e gradual, que demandará tempo e esforço.