O condenado, Payton Gendron, de 19 anos, um supremacista branco que tinha 18 anos no momento do crime, foi condenado à prisão perpétua em fevereiro de 2023 pelos tribunais do estado de Nova York após se declarar culpado de assassinatos racistas e atos de terrorismo.
Os promotores justificaram a decisão de buscar a pena de morte alegando o caráter intencional e premeditado do assassinato, bem como suas motivações racistas. De acordo com os promotores, “a animosidade de Payton Gendron em relação aos negros desempenhou um papel nos assassinatos”, destacando que ele escolheu o supermercado onde cometeu o massacre “para maximizar o número de vítimas negras”.
Desde o início do mandato de Biden, o Departamento de Justiça solicitou a pena de morte apenas duas vezes, em processos iniciados sob seu antecessor republicano Donald Trump. O secretário de Justiça, Merrick Garland, decretou uma moratória nas execuções federais em maio de 2021.
O massacre ocorreu em maio de 2022, quando Gendron, armado com um rifle semiautomático e uma câmera transmitindo ao vivo na internet, avançou metodicamente pelo estacionamento de um supermercado em Buffalo, atirando em clientes e funcionários, deixando dez mortos e três feridos, quase todos negros.
Segundo documentos judiciais, o jovem havia esboçado seu plano em um “manifesto” racista no qual escreveu que seu objetivo era “matar o maior número possível de negros”.
A decisão de buscar a pena de morte para o autor do massacre racista reascende o debate sobre a pena capital nos Estados Unidos, especialmente diante da postura de Joe Biden em relação à abolição da pena de morte a nível federal. A expectativa é de que esse caso suscite discussões aprofundadas sobre a questão da pena de morte no país.