EUA e Reino Unido lançam ataque contra rebeldes houthis no Iêmen em resposta às agressões no Mar Vermelho

TENSÃO NO MAR VERMELHO: EUA e Reino Unido lançam ataque contra rebeldes houthis no Iêmen

Em uma demonstração de poder, os Estados Unidos e o Reino Unido realizaram um ataque contra os rebeldes houthis no Iêmen, na região do Mar Vermelho, na última quinta-feira. O ato foi uma resposta às agressões dessa facção iemenita contra embarcações que transitam pela importante rota marítima, por onde passa cerca de 12% do comércio global.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez questão de frisar que não hesitará em tomar mais ações contra o grupo rebelde se necessário. A ofensiva envolveu caças e mísseis Tomahawk, em uma operação que contou com o apoio da Austrália, Bahrein, Canadá e Holanda. Além disso, outros países como Dinamarca, Alemanha, Nova Zelândia e Coreia do Sul também se uniram nessa ação conjunta.

O objetivo da aliança é desanuviar as tensões e restaurar a estabilidade no Mar Vermelho, garantindo o livre fluxo de comércio. Segundo informações divulgadas pela imprensa americana, os ataques atingiram mais de uma dúzia de alvos houthis, incluindo sistemas de radar e locais de armazenamento e lançamento de drones, mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro.

Os houthis, que são uma organização militar xiita, integram o “eixo de resistência” financiado pelo Irã no Oriente Médio. Apesar de não representarem o governo, eles têm ampliado seu controle sobre áreas do país, especialmente durante a guerra civil contra uma coalizão apoiada pela Arábia Saudita, rival histórico da República Islâmica.

A ação dos rebeldes aumentou o receio nos países envolvidos, a Arábia Saudita, por exemplo, manifestou grande preocupação com as operações militares que acontecem na região do Mar Vermelho e pediu contenção das partes. Além disso, vários ataques dos houthis contra embarcações e alvos israelenses têm impactado o tráfego marítimo, levando empresas de navegação a evitar a rota e dar a volta pelo continente africano, o que gera custos adicionais de frete e seguro marítimo.

Os Estados Unidos têm buscado evitar um conflito direto com os houthis desde a crise em Gaza, com o temor de uma escalada regional. Apesar de já ter realizado cerca de 400 ataques aéreos no Iêmen desde 2002, o governo americano expressou que não está em busca de um conflito com os rebeldes.

No entanto, os houthis alertaram que qualquer ataque americano não ficará sem resposta, ameaçando uma reação ainda maior. Com isso, a tensão no Mar Vermelho aumenta, e a ofensiva promovida pela coalizão ocidental ocorre em um momento de forte tensão no Oriente Médio.

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