Ex-presidente equatoriano Rafael Correa defende ação armada urgente e medidas permanentes para crise de segurança no país.

A crise de segurança que assola o Equador exige ação armada urgente, mas exigirá também medidas complementares de longo prazo, em matéria de economia e inteligência, disse nesta sexta-feira (12) à AFP o ex-presidente equatoriano Rafael Correa.

Em uma entrevista dada à AFP nesta sexta-feira, o ex-presidente Rafael Correa chamou a atenção para a situação crítica pela qual o país está passando. Segundo Correa, embora a ação da força pública seja necessária diante da urgência, ela não será suficiente para resolver os problemas de segurança no país. Ele afirmou que será necessário implantar medidas complementares, como repressão econômica, e apontou que a economia dolarizada do Equador é um incentivo para os grupos armados irregulares.

Na visão de Correa, é preciso controlar de forma mais rigorosa a economia dolarizada do país, pois isso facilita a lavagem de dinheiro e incentiva as atividades criminosas. Além disso, ele ressaltou a importância de melhorar a inteligência sobre as facções de tráfico e reforçar a coordenação com países vizinhos para enfrentar o cenário de instabilidade no Equador.

O ex-presidente equatoriano também expressou seu apoio irrestrito ao governo de Daniel Noboa, apesar de ser seu adversário político. Ele formulou um chamado à união nacional em defesa do Estado, que está enfrentando desafios por parte de grupos armados aliados aos narcotraficantes. Segundo Correa, é fundamental que o Estado vença a guerra contra esses grupos e que haja união em prol do bem do país.

No entanto, sua expressão de apoio e apelo à unidade foram recebidos friamente pelo governo, que critica a falta de compreensão do que o país está enfrentando. A crise de segurança no Equador teve início com grupos de criminosos que semearam o pânico nas principais cidades do país, em retaliação pelas políticas do governo para combatê-los. A situação se agravou com as rebeliões nas prisões, o que levou o governo a declarar estado de “conflito armado interno” e mobilizar as Forças Armadas para enfrentar os grupos criminosos. A violência tem se espalhado e causado instabilidade em todo o país.

Em resumo, a crise de segurança no Equador exige uma ação urgente e coordenada, que envolva medidas de curto e longo prazo, abordando tanto questões econômicas quanto de inteligência. A união nacional é vista como fundamental para que o Estado possa prevalecer sobre os desafios colocados por esses grupos armados.

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