A Polícia Científica de Santa Catarina constatou que as mortes foram causadas pela intoxicação de monóxido de carbono. A falha no escape do carro, que foi modificado com o objetivo de aumentar a potência do motor, fez com que o gás fosse emitido para o interior do veículo através do ar-condicionado. A tragédia poderia ter impactado ainda mais pessoas, já que uma quinta pessoa estava no veículo, mas conseguiu sobreviver.
O laudo pericial confirmou que as vítimas não possuíam drogas, medicamentos ou venenos em seus sistemas, o que reforça a tese de que a intoxicação por monóxido de carbono foi a causa das mortes. A análise das amostras de sangue e urina das vítimas revelou uma saturação de monóxido de carbono entre 49% e 50% em uma das vítimas, e acima de 50% nas demais.
Os peritos também explicaram que o monóxido de carbono é um gás letal, que tem uma afinidade 200 vezes maior que o oxigênio no sangue. Por isso, a rápida absorção do gás leva à asfixia e, consequentemente, à morte.
O responsável pelo inquérito policial do caso, delegado Vicente Soares, afirmou que a mecânica que realizou as modificações no carro será investigada para determinar as responsabilidades pelas mortes. A suspeita é de que a alteração foi feita de forma inadequada, o que culminou na tragédia.
Os detalhes sobre os últimos momentos das vítimas revelaram que o carro apresentou problemas no dia 31 de dezembro, mas os jovens optaram por continuar a viagem mesmo assim. Após a virada do ano, todos começaram a passar mal e acreditaram que se tratava de uma intoxicação alimentar. A amiga que os acompanhava percebeu que a situação era grave quando não conseguiu acordá-los, acionando o serviço de emergência, mas já era tarde demais.
A tragédia chocou não apenas a comunidade de Paracatu, mas também toda a população brasileira, reforçando a importância da manutenção e das modificações veiculares serem realizadas apenas por profissionais qualificados e em conformidade com as leis de trânsito e segurança. A investigação continua para apurar o caso e responsabilizar os envolvidos pela morte dos jovens.