Milícias são tema da maioria das denúncias feitas à Ouvidoria do Ministério Público do Rio de Janeiro, revela balanço.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) recebeu um volume recorde de denúncias da população em 2023, com um aumento de 75% em relação ao ano anterior. Ao todo, foram encaminhadas mais de 89 mil comunicações, das quais 2.330 envolviam milícias, o tema de maior incidência nas denúncias.

O MPRJ utiliza o termo “comunicação” para definir as informações sobre irregularidades trazidas pela população, evitando o uso do termo “denúncia” que juridicamente se refere à ação penal apresentada pelo Ministério Público ao Poder Judiciário.

A maior parte das comunicações será apurada no âmbito das promotorias de Investigação Penal, onde se concentram as denúncias envolvendo milícias, crimes contra pessoas, tráfico de drogas e ameaças. Além disso, temas como cidadania, proteção à educação, defesa do meio ambiente, patrimônio cultural, idoso e pessoa com deficiência também foram objeto de comunicações.

Dentre as denúncias relacionadas à cidadania, a possível prática de improbidade administrativa, irregularidades em concursos e serviço público deficiente lideraram o total de comunicações enviadas à Ouvidoria do MPRJ. Além disso, temas como valorização dos profissionais da educação e educação especial também foram recorrentes.

Todas as comunicações são analisadas pela equipe da Ouvidoria e distribuídas para as estruturas internas responsáveis pela adoção das medidas adequadas. O órgão funciona como um canal direto de ligação com o cidadão, permitindo que qualquer pessoa apresente denúncias, solicite informações, faça reclamações ou busque orientação.

As comunicações podem ocorrer através do portal da Ouvidoria, por telefone, pelo número 127, ou presencialmente, reforçando o compromisso do MPRJ em estabelecer canais eficientes de diálogo com a população.

O volume de denúncias recebidas evidencia a importância do papel do Ministério Público na investigação e combate a crimes e irregularidades, demonstrando a confiança da população na instituição como um agente ativo na garantia do cumprimento da lei e da justiça.

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