A pesca de tubarões para cortar suas barbatanas e jogá-los de volta ao mar, onde morrem amputados, levou à morte de um número alarmante de tubarões a cada ano. Apesar de cerca de 70% dos países ou jurisdições do mundo terem proibido essa prática, o comércio de carne de tubarão se intensificou, o que teve consequências imprevistas.
De acordo com o estudo, as medidas adotadas “não foram a solução milagrosa que esperávamos”. Durante três anos, os pesquisadores coletaram informações sobre regulamentações de pesca e mortalidade de tubarões. Eles ficaram surpresos com o quão difundido era o “comércio de carne, óleo e cartilagem de tubarão”, sendo usado em numerosos produtos sem que os consumidores tivessem conhecimento. A carne, óleo e cartilagem de tubarão são usados em produtos comuns, sem que a maioria dos consumidores estejam cientes disso.
As pescarias agora capturam tubarões menores devido à diminuição do comércio de barbatanas e tubarões grandes. Nas áreas com maior mortalidade de tubarões, os pesquisadores descobriram que eram usadas mais redes de emalhar (suspensas na água) e de arrasto (arrastadas no fundo do oceano). Os tubarões, apesar de serem grandes predadores, são muito vulneráveis, e são essenciais para a saúde dos oceanos. No entanto, um em cada três tubarões no mundo está em perigo de extinção.
Apesar das medidas de proibição da captura de tubarões, a morte de tubarões devido à pesca aumentou. Por isso, os autores do estudo pedem uma abordagem mais específica para reduzir a mortalidade dos tubarões. Eles alegam que é crucial reforçar a proteção desses animais e adotar medidas mais eficazes para garantir sua sobrevivência.
Os riscos enfrentados pelos tubarões estão se agravando, e é necessário que mais países e territórios adotem medidas para preservar a espécie. A extinção dessas espécies pode perturbar o equilíbrio do ecossistema marinho, afetando significativamente a vida marinha. Assim, a proteção e preservação dos tubarões são fundamentais para a saúde dos oceanos e de todo o ecossistema marinho.