De acordo com uma declaração divulgada na sexta-feira (12) por uma das organizações, “Recebemos a intimação de pagamento de uma quantia milionária, assim como outras organizações sociais e sindicais”. Já a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras da Argentina Autônoma (CTAA) alega que as multas são um ato de perseguição e intimidação por parte do governo.
As manifestações específicas em questão ocorreram em 22 e 27 de dezembro de 2023. A primeira delas foi realizada em Buenos Aires para denunciar a interrupção da assistência alimentar que o Estado fornece periodicamente às organizações sociais. Já a segunda manifestação contou com a participação de milhares de pessoas, que reivindicavam a nulidade de um decreto do governo que promovia uma reforma trabalhista.
O Ministério da Segurança da Nação, liderado por Patricia Bullrich, enviou cartas para pelo menos uma dezena de organizações sociais e sindicais, exigindo dinheiro para cobrir os custos operacionais das manifestações. Bullrich enfatizou que quem faz, paga, defendendo uma política de linha-dura em relação à segurança e manifestações que desrespeitam a lei.
Em resposta a essas cobranças, Bullrich determinou que “o Estado não pagará pelo uso da força de segurança”. No entanto, as organizações sociais e sindicatos agora enfrentam o desafio de lidar com essa situação e buscar alternativas para resolver esse impasse com o governo.
Essa polêmica suscitou o debate sobre o direito de manifestação e liberdade de expressão na Argentina, bem como a responsabilidade das organizações que organizam os eventos. A questão das multas impostas pelo governo reflete a tensão entre os direitos das manifestações e o papel do Estado em manter a ordem pública e garantir a segurança dos cidadãos. A situação continuará a ser acompanhada de perto para observar os desdobramentos e eventuais soluções para esse impasse entre as organizações e o governo.