A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, expressou sua preocupação com a situação, afirmando que os índices atuais estão muito acima do esperado para esta época do ano e continuam crescendo de forma acelerada. Ela também ressaltou que a estimativa de casos inseridos no sistema nas últimas semanas representa apenas metade daquilo que está acontecendo na prática, o que indica uma subnotificação dos casos de dengue.
Em 2023, o estado registrou 51.171 casos e 25 mortes por dengue, um número quase cinco vezes maior do que o registrado em 2022. As regiões que mais preocupam as autoridades de saúde são as Baixadas Litorâneas, com uma incidência muito maior do que a esperada, e a região Metropolitana I, que engloba a capital e a Baixada Fluminense e registra o maior número de casos.
No município do Rio de Janeiro, a situação também é crítica, com 492 casos já registrados em 2024. A incidência da doença é maior na Área Programática (AP) 5.2, que engloba bairros nas regiões de Campo Grande e Guaratiba. Em 2023, houve quase mil casos de dengue para cada 100 mil habitantes nessa área.
A superintendente de Informação Estratégica em Vigilância e Saúde da SES-RJ, Luciane Velasque, destacou a tendência de crescimento rápido do número de casos estimados, considerando o atraso das notificações, principalmente nos municípios do Rio de Janeiro, Itaguaí e Nova Iguaçu.
Diante desse cenário preocupante, a Secretaria de Saúde tem intensificado as ações de treinamento no manejo da dengue para médicos e enfermeiros dos municípios do estado, além de fornecer suporte e orientação. No entanto, é evidente a necessidade de um esforço conjunto para a eliminação de focos de mosquitos e a coleta de amostras de casos suspeitos de dengue, a fim de controle da propagação da doença.