O porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, afirmou que o secretário-geral pediu que as ações militares realizadas pelos Estados-membros sejam efetuadas “de acordo com o direito internacional”. Isso aconteceu após EUA e Reino Unido bombardearam posições dos huthis do Iêmen, em solidariedade aos palestinos de Gaza, que estão envolvidos em um conflito com Israel e o grupo islamista Hamas.
Os Estados Unidos, principais aliados de Israel, montaram uma coalizão internacional no mês passado com o objetivo de proteger o tráfego marítimo dos ataques dos huthis, que têm o apoio do Irã. Esta região é estratégica, pois por ali passa 12% do comércio mundial, e apesar de tal intenção, a Rússia denunciou a ação.
Em uma reunião realizada no Conselho de Segurança da ONU, que foi convocada por Moscou, o embaixador russo Vasily Nebenzya classificou os ataques dos EUA e Reino Unido como uma “flagrante agressão armada contra outro país”.
Guterres se mostrou contrário aos ataques aos navios internacionais, argumentando que tal atitude coloca em risco a segurança das cadeias globais de abastecimento e pode ter um impacto negativo na situação econômica e humanitária no mundo.
Além disso, o Secretário-Geral instou os rebeldes huthis a cumprirem a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança na quarta-feira, exigindo o fim imediato dos ataques a navios.
Guterres manifesta preocupação com a possibilidade da situação no Iêmen piorar e pede para que se faça tudo o possível para garantir que o país permaneça no caminho da paz, preservando o trabalho realizado até agora para acabar com o conflito no país.