Questionado por repórteres sobre a posição de Washington em relação a Taiwan após a vitória de Lai, Biden foi direto em sua resposta, afirmando que os Estados Unidos não apoiam a independência. Estas palavras geraram grande repercussão internacional e aumentaram ainda mais as tensões entre os Estados Unidos, China e Taiwan.
Lai, que é um defensor do estilo de vida democrático da ilha, foi duramente criticado por Pequim na reta final da campanha presidencial, o que evidencia o atrito entre os dois países. Autoridades militares chinesas chegaram a ameaçar esmagar qualquer intento independentista. Por outro lado, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, saudou a vitória de Lai e exaltou o robusto sistema democrático e processo eleitoral da ilha autónoma. Ele ainda reforçou que Washington está empenhado em manter a paz e a estabilidade através do Estreito de Taiwan e a resolução pacífica das diferenças, livre de coerção e pressão.
Os Estados Unidos já anunciaram o envio de uma delegação não oficial para Taiwan e alertaram a China contra qualquer provocação militar. Pequim reagiu criticando as visitas oficiais entre a ilha e os Estados Unidos e pediu para que Washington se abstenha de intervir nas eleições de Taiwan.
A China comunista reivindica Taiwan como parte de seu território, recusando-se a descartar o uso da força para promover a sua unificação, o que eleva as tensões entre o país, Taiwan e os Estados Unidos. Com esses recentes acontecimentos, a região do Estreito de Taiwan continua sendo palco de uma instabilidade geopolítica que preocupa a comunidade internacional.