Entre os países que pressionaram o Congresso estavam representantes da União Europeia, da Organização dos Estados Americanos (OEA) e de alguns governos latino-americanos. Samantha Power, líder da delegação dos Estados Unidos na posse, afirmou nas redes sociais que não há dúvida de Arévalo ser o presidente da Guatemala e pediu calma, acrescentando que o mundo está observando. O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse que não descarta sanções contra os congressistas que se opõem à transição de poder.
Apesar da pressão internacional, houve atraso na instalação do novo Parlamento e os manifestantes se queixaram da demora através de protestos pacíficos do lado de fora da sede. O atraso envolveu a retenção do processo de credenciamento dos deputados eleitos e reeleitos, o que dificultou o avanço da cerimônia de posse.
Bernardo Arévalo, que obteve uma vitória surpreendente nas urnas, é filho do primeiro presidente democrático da Guatemala e prometeu combater a corrupção. Porém, desde sua vitória, enfrentou uma ofensiva judicial que ele denunciou como um “golpe de Estado”, levando a comunidade internacional a condenar as manobras como uma ameaça à democracia. Mesmo diante dos desafios de governar um país onde a corrupção é um problema endêmico, Arévalo permanece otimista em relação às mudanças que pretende implementar.
A Guatemala enfrenta altos índices de corrupção e pobreza, desafios que Arévalo terá que superar durante seu mandato. Com um cenário político ainda dividido, o presidente eleito enfrentará a tarefa de lidar com um Congresso onde a maioria dos parlamentares pertencem a partidos políticos tradicionais, que podem obstruir sua agenda de mudanças, gerando desafios em sua governança. E, mesmo assim, enfrentando uma série de desafios, Arévalo acredita que será capaz de superar os obstáculos e tornar a Guatemala uma nação mais transparente, justa e próspera.