As relações entre as duas Coreias se deterioraram no último ano, com a suspensão de um acordo militar assinado em 2018 para conter as tensões na fronteira, após Pyongyang lançar um satélite espião.
Apontando Seul como seu “principal inimigo”, Kim recentemente declarou que tentativas de reconciliação ou reunificação da península são “um erro” que não deve ser cometido novamente.
Em suas constituições, tanto o Norte quanto o Sul reivindicam soberania sobre toda a península. A República Popular Democrática da Coreia e a República da Coreia (os nomes oficiais do Norte e do Sul) foram fundadas há 75 anos, mas ainda se consideram mutuamente entidades ilegais.
Até então, as relações entre ambas eram gerenciadas pelo Ministério da Unificação em Seul e pelo Comitê para a Reunificação Pacífica em Pyongyang, uma das agências abolidas pela assembleia norte-coreana.
“Os dois Estados mais hostis, que estão em guerra, estão agora em uma confrontação aguda na península coreana”, afirma o texto aprovado pelo Parlamento, segundo a KCNA. “A reunificação da Coreia nunca pode ser alcançada com a República da Coreia”, acrescenta.
A Coreia do Norte tem feito várias movimentações que tornam a situação política na península ainda mais tensa. O fechamento das agências que trabalhavam pela reunificação e cooperação com a Coreia do Sul é mais um passo nessa direção, colocando ainda mais pressão sobre as relações entre os dois países. As tensões na península coreana se mantêm em um estágio delicado, com ameaças e retóricas hostis sendo trocadas entre os líderes das duas nações. Resta acompanhar de perto como essa situação se desenvolverá.