Coreia do Norte fecha agências em meio a tensões com a Coreia do Sul, anunciou agência oficial de notícias.

A Coreia do Norte fechou várias agências que trabalhavam para promover a cooperação e reunificação com a Coreia do Sul. O anúncio, que ocorreu na noite da última segunda-feira em Brasília, foi feito pela agência oficial de notícias norte-coreana KCNA. A decisão foi anunciada pelo Parlamento da Coreia do Norte e esta notícia surge após várias semanas após o líder do país, Kim Jong Un, afirmar que buscar a reconciliação ou reunificação com o Sul seria um “erro”.

As relações entre as duas Coreias se deterioraram no último ano, com a suspensão de um acordo militar assinado em 2018 para conter as tensões na fronteira, após Pyongyang lançar um satélite espião.

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Apontando Seul como seu “principal inimigo”, Kim recentemente declarou que tentativas de reconciliação ou reunificação da península são “um erro” que não deve ser cometido novamente.

Em suas constituições, tanto o Norte quanto o Sul reivindicam soberania sobre toda a península. A República Popular Democrática da Coreia e a República da Coreia (os nomes oficiais do Norte e do Sul) foram fundadas há 75 anos, mas ainda se consideram mutuamente entidades ilegais.

Até então, as relações entre ambas eram gerenciadas pelo Ministério da Unificação em Seul e pelo Comitê para a Reunificação Pacífica em Pyongyang, uma das agências abolidas pela assembleia norte-coreana.

“Os dois Estados mais hostis, que estão em guerra, estão agora em uma confrontação aguda na península coreana”, afirma o texto aprovado pelo Parlamento, segundo a KCNA. “A reunificação da Coreia nunca pode ser alcançada com a República da Coreia”, acrescenta.

A Coreia do Norte tem feito várias movimentações que tornam a situação política na península ainda mais tensa. O fechamento das agências que trabalhavam pela reunificação e cooperação com a Coreia do Sul é mais um passo nessa direção, colocando ainda mais pressão sobre as relações entre os dois países. As tensões na península coreana se mantêm em um estágio delicado, com ameaças e retóricas hostis sendo trocadas entre os líderes das duas nações. Resta acompanhar de perto como essa situação se desenvolverá.

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