A decisão de priorizar essa faixa etária foi embasada em recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização. Segundo o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, a escolha desse grupo se dá com o objetivo de obter melhor resultado epidemiológico, evitando hospitalizações e mortes.
A definição sobre o público-alvo e as localidades prioritárias será feita em conjunto com estados e municípios, em reunião marcada para a última quinta-feira deste mês. A previsão é de que a vacinação comece em fevereiro.
É importante ressaltar que a vacina Qdenga já tem registro na Anvisa e é indicada para a prevenção da dengue para pessoas de 4 a 60 anos de idade, independentemente de terem tido a doença previamente. A decisão de incorporar a vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS) foi anunciada pelo Ministério da Saúde em 21 de dezembro, tornando o Brasil o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante em sistema público e universal.
O anúncio da priorização da vacinação contra a dengue acontece em um momento em que o Brasil enfrenta um aumento significativo de casos e mortes pela doença. Em 2023, o país atingiu um recorde de 1.079 mortes por dengue e é responsável por metade do total global de casos, de acordo com a OMS. Autoridades de saúde já alertaram para a possibilidade de uma epidemia da doença no Brasil em 2024.
Com a priorização da vacinação para a faixa etária de 6 a 16 anos, o Ministério da Saúde busca conter o avanço da dengue e proteger a população, especialmente as crianças e adolescentes, que estão entre os grupos mais vulneráveis à doença. A expectativa é de que a vacinação contribua para a redução dos casos graves e óbitos relacionados à dengue no país.