Maduro, que está buscando a reeleição este ano, é alvo constante de denúncias de planos para derrubá-lo e assassiná-lo. No ano passado, um atentado mais claro aconteceu, quando dois drones explodiram próximo a um palco onde o presidente estava durante um ato com militares. Cerca de 17 pessoas foram processadas pelo incidente. O presidente também afirmou que entre os detidos estão “mercenários e militares” de países como Peru, Colômbia, Estados Unidos e Venezuela.
Os presos políticos da Venezuela são frequentemente acusados de traição e conspiração. Em um caso recente, dois americanos, Luke Alexander Denman e Airan Berry, foram condenados a 20 anos de prisão por uma incursão armada fracassada no país em 2020. Eles foram libertados em dezembro passado em uma troca com Washington, que incluiu a prisão de Alex Saab, acusado de ser laranja de Maduro e enfrentando um caso de lavagem nos Estados Unidos.
A denúncia recorrente de tentativas de assassinato de Maduro sempre aponta para os mesmos responsáveis: os Estados Unidos, a oposição ao seu governo e traficantes colombianos. O presidente coloca a culpa no serviço de inteligência dos Estados Unidos, a CIA, o narcotráfico colombiano e a extrema direita, referindo-se à oposição. Essas afirmações mantêm viva a tensão entre o governo venezuelano, liderado por Maduro, e outros países, principalmente os Estados Unidos. A Venezuela vive um momento político delicado, com constantes tensões e denúncias de tentativas de golpe de Estado. Essa situação deverá ser um elemento importante na corrida presidencial que se avizinha para Nicolás Maduro.