Pescadores artesanais protestam em Lima contra empresa espanhola Repsol pelo vazamento de petróleo nas costas do Peru.

Há exatamente 2 anos, um vazamento de cerca de 12 mil barris de petróleo causou devastação para pescadores artesanais no Peru. O protesto em frente à empresa espanhola Repsol, em Lima, ocorreu nesta segunda-feira, quando os manifestantes exigiram a remediação do leito marinho e uma compensação financeira para os 3.000 afetados.

Em faixas, palavras de ordem como “Repsol ecocida” e “Repsol assassina” denunciaram a conduta da empresa petrolífera, que supostamente emitiu um comunicado garantindo que as praias e a água do mar atingidas pelo vazamento já atendem aos padrões de qualidade ambiental. No entanto, os pescadores declaram que as praias permanecem contaminadas, sem repovoamento de peixes e sem condições para realizar suas atividades de pesca durante os últimos dois anos.

O vazamento, que ocorreu em 15 de janeiro de 2022, resultou na morte de peixes, aves e mamíferos marinhos, enquanto prejudicou gravemente as atividades pesqueiras e turísticas na área atingida. Com pelo menos 25 das 30 praias da região ainda contaminadas, a situação continua alarmante e sem resolução completa.

Além do impacto ambiental, a empresa Repsol agora enfrenta uma denúncia em um tribunal dos Países Baixos por um escritório de advocacia britânico que exige 1 bilhão de libras de indenização (aproximadamente 6,19 bilhões de reais) por danos causados pelo vazamento. O protesto em Lima reflete a insatisfação e a falta de resposta efetiva diante da emergência ambiental que se instalou na região norte do Peru, resultante da negligência da empresa petrolífera.

Para os pescadores concentrados em frente à Repsol, a luta pela justiça e pelo reparo completo dos danos ambientais continua, enquanto buscam assegurar que a situação não seja esquecida ou negligenciada pelas autoridades. A reparação do leito marinho e as indenizações financeiras são demandas urgentes para esses trabalhadores que tiveram suas vidas e meios de sustento afetados pelo vazamento de petróleo. Agora, cabe às autoridades e à empresa Repsol honrar o compromisso com a preservação do meio ambiente e o amparo aos que foram prejudicados pelo desastre. Enquanto isso, os pescadores continuam firmes em sua manifestação, buscando responsabilização e resolução para o trágico incidente de dois anos atrás.

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