As autoridades reforçaram a segurança ao redor da sede judicial, instalando cercas e mobilizando soldados antidistúrbios. O chefe policial Marco Antonio Gutiérrez confirmou que o dispositivo de segurança está ativo em todas as infraestruturas relacionadas ao órgão judicial. Vale ressaltar que Evo Morales pediu mobilização de suas bases após a sentença constitucional que o impediu de concorrer nas eleições presidenciais de 2025. Os magistrados argumentam que a reeleição ilimitada não é um direito humano e nenhum boliviano pode ser reeleito mais de uma vez por um período de anos.
Morales ocupou a presidência da Bolívia entre 2006 e 2019, quando renunciou em meio a protestos que questionaram sua vitória nas eleições. Além de protestarem contra o veredicto do Tribunal Constitucional, os simpatizantes de Evo Morales também se mobilizaram contra a decisão da Justiça de prorrogar os mandatos dos magistrados de todas as cortes, diante da falta de um acordo para convocar eleições judiciais.
Rodolfo Avilés, vereador do Movimento Ao Socialismo – partido de Evo Morales – expressou indignação ao dizer: “Esses criminosos que seguem aí têm que ir embora para suas casas, se não for bem por bem, o povo vai tirá-los”.
Com esse novo episódio de tensão política na Bolívia, a situação vem gerando preocupações e representa um desafio para a estabilidade do país. Espera-se que as autoridades encontrem uma solução pacífica e democrática para atender às demandas dos manifestantes, ao mesmo tempo em que evitam confrontos e violência.