Simpatizantes de Evo Morales são reprimidos com gás lacrimogêneo ao protestar contra inabilitação do ex-presidente boliviano.

Centenas de simpatizantes do ex-presidente Evo Morales estão enfrentando repressão nessa segunda-feira, 15 de novembro, em Sucre, capital administrativa da Bolívia. Eles estão protestando contra a decisão que inabilitou Evo Morales de tentar se candidatar novamente à presidência. Os manifestantes tentaram tomar um tribunal e acabaram sendo reprimidos com o uso de bombas de gás lacrimogêneo pela polícia local. De acordo com imagens transmitidas pela televisão, os manifestantes desativaram a renúncia dos magistrados do Tribunal Constitucional e reagiram com pedradas, o que resultou no confronto com a polícia. Até o momento, não há relato de feridos ou prisões.

As autoridades reforçaram a segurança ao redor da sede judicial, instalando cercas e mobilizando soldados antidistúrbios. O chefe policial Marco Antonio Gutiérrez confirmou que o dispositivo de segurança está ativo em todas as infraestruturas relacionadas ao órgão judicial. Vale ressaltar que Evo Morales pediu mobilização de suas bases após a sentença constitucional que o impediu de concorrer nas eleições presidenciais de 2025. Os magistrados argumentam que a reeleição ilimitada não é um direito humano e nenhum boliviano pode ser reeleito mais de uma vez por um período de anos.

Morales ocupou a presidência da Bolívia entre 2006 e 2019, quando renunciou em meio a protestos que questionaram sua vitória nas eleições. Além de protestarem contra o veredicto do Tribunal Constitucional, os simpatizantes de Evo Morales também se mobilizaram contra a decisão da Justiça de prorrogar os mandatos dos magistrados de todas as cortes, diante da falta de um acordo para convocar eleições judiciais.

Rodolfo Avilés, vereador do Movimento Ao Socialismo – partido de Evo Morales – expressou indignação ao dizer: “Esses criminosos que seguem aí têm que ir embora para suas casas, se não for bem por bem, o povo vai tirá-los”.

Com esse novo episódio de tensão política na Bolívia, a situação vem gerando preocupações e representa um desafio para a estabilidade do país. Espera-se que as autoridades encontrem uma solução pacífica e democrática para atender às demandas dos manifestantes, ao mesmo tempo em que evitam confrontos e violência.

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