Alerta de Tempestade no Rio de Janeiro: Meteorologista alertou sobre possibilidade de desastre, mas ressaltou que a pior tragédia foi evitada.

A tragédia que atingiu o Rio de Janeiro no último fim de semana poderia ter sido ainda pior se bairros com encostas íngremes e sujeitas a deslizamentos tivessem sido os mais afetados pela tempestade. Essa é a afirmação do meteorologista Marcelo Seluchi, diretor de operações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

Segundo Seluchi, que também defende a necessidade de aumentar a resiliência aos extremos climáticos cada vez mais frequentes e intensos, houve alerta para a tempestade 48 horas antes de sua ocorrência. Ele afirmou que na quinta-feira anterior ao ocorrido, o Cemaden alertou o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) sobre o risco de uma frente fria causar chuva intensa nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Seluchi também destacou que a combinação de fatores, como a chegada de uma frente fria forte e as condições de calor e umidade intensos, contribuiu para a gravidade da tempestade. Além disso, o fato da chuva ter caído na hora da maré alta dificultou o escoamento da água pelos rios e canais, intensificando o impacto das chuvas.

A tragédia do último fim de semana foi ocasionada por uma combinação de fatores climáticos que resultou em uma chuva extremamente forte. Por exemplo, na Pavuna, foram registrados 238 mm de chuva em 24 horas, sendo que desses, 212 mm se acumularam em apenas seis horas, o que impactou significativamente a intensidade dos alagamentos.

Apesar de ter sido uma chuva excepcionalmente forte, vale ressaltar que não foi a pior já registrada no Estado do Rio de Janeiro. Outros eventos anteriores também foram igualmente intensos e destrutivos, como a tragédia de Petrópolis, em 2022. A previsão para os próximos meses inclui a ocorrência de chuvas fortes e tempestades graves, devido ao período do verão.

Em relação à capacidade de devastação de uma chuva como essa, Seluchi destacou que o risco da tempestade é potencializado pela falta de percepção de perigo pela população, citando como exemplo os casos de afogamento ao tentar atravessar ruas alagadas. Além disso, ele enfatizou a importância de medidas preventivas, como desentupir bueiros, desassorear e limpar rios e canais, e reflorestar encostas e margens de rios.

Portanto, diante desse cenário de eventos climáticos cada vez mais extremos, é fundamental que sejam adotadas medidas de prevenção e adaptação para reduzir a ocorrência de desastres naturais e garantir a segurança da população. Ainda que as mudanças climáticas sejam uma realidade, é possível agir para minimizar os riscos e os impactos desses eventos.

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