A Guarda Nacional da Tunísia anunciou nesta terça-feira que cerca de 40 migrantes tunisianos estão desaparecidos há cinco dias enquanto tentavam chegar à Itália atravessando o Mar Mediterrâneo. Segundo as autoridades, os migrantes partiram da cidade de Sfax, no centro-leste da Tunísia, na noite de 10 de janeiro, a bordo de uma embarcação com o objetivo de chegar à costa italiana.
Após familiares informarem que perderam o contato com os seus parentes, as autoridades mobilizaram vários meios para tentar resgatar os migrantes. A Tunísia, juntamente com a Líbia, é o principal ponto de partida para milhares de migrantes irregulares que procuram chegar à Europa. Nos primeiros 11 meses de 2023, 69.963 migrantes irregulares foram interceptados pelas autoridades tunisianas.
O número é mais do que o dobro em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com estatísticas divulgadas à AFP por um porta-voz da Guarda Nacional. Do total, 77,5% eram estrangeiros, na maioria originários de países da África subsaariana, e os restantes tunisianos.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 2.270 pessoas morreram em 2023 na zona central do Mediterrâneo ao tentar chegar à Europa, um aumento de 60% em relação ao ano anterior.
Tal situação coloca em evidência a crise migratória que continua a afligir a região do Mediterrâneo, com milhares de migrantes enfrentando perigos e arriscando suas vidas em busca de oportunidades e segurança na Europa. A falta de opções e condições precárias em seus países de origem leva muitos a tentar a travessia do Mediterrâneo como uma alternativa desesperada para escapar da pobreza e conflitos em suas terras natais.
Enquanto a busca pelos migrantes desaparecidos continua, a tragédia serve como um triste lembrete dos perigos enfrentados por aqueles que buscam uma vida melhor, bem como do papel crucial desempenhado pelas autoridades e organizações internacionais na prevenção de futuras perdas de vidas humanas.
