Emmanuel Macron defende ‘autoridade’ e ‘ordem’ para impulsionar seu mandato e combater a extrema direita forte nas pesquisas na França

Em uma coletiva de imprensa realizada no Palácio do Eliseu, sede da presidência da França, o presidente Emmanuel Macron defendeu medidas para impulsionar seu mandato, incluindo seu plano para introduzir uniformes escolares, combater uma forte extrema direita nas pesquisas e promover a ordem e o progresso no país.

Durante o evento, Macron anunciou uma série de medidas que ele pretende implementar para garantir uma sociedade mais ordenada e estável. Planos como a regulamentação do uso de dispositivos móveis por jovens, operações de combate ao tráfico de drogas e incentivos para aumentar a taxa de natalidade foram destacados pelo mandatário de 46 anos, que disse estar convencido de que o país tem tudo o que é necessário para ter sucesso e que a história de progresso ainda não terminou.

Além disso, o presidente falou sobre a importância de propor mudanças que impactem diretamente a vida cotidiana dos franceses e anunciou uma guinada à direita em diversas áreas, principalmente na Educação. Macron revelou que cem escolas experimentarão o uso de uniformes este ano e que isso poderá ser generalizado a partir de 2026. Ele também defendeu a reforma da “instrução cívica” e o apoio à nova ministra da Educação, que causou polêmica ao criticar a escola pública para justificar a escolarização de seus filhos na privada.

Outro ponto abordado foi o plano de combate à infertilidade e a implementação de um Serviço Nacional Universal (SNU), um programa voluntário destinado a jovens do ensino médio que busca promover o serviço à nação com atividades de coesão e interesse geral. Macron também se comprometeu a combater a imigração irregular e o islamismo radical, defendendo suas polêmicas leis nos temas favoritos da extrema direita.

No entanto, o discurso do presidente foi criticado pela oposição de esquerda, que classificou as propostas como reacionárias, e pela direita, que considerou a coletiva de imprensa um exercício de autoelogio por parte de Macron. Mesmo com as críticas, o presidente segue firme em sua missão de liderar o país em direção à ordem e ao progresso, enfrentando desafios políticos e sociais relacionados às reformas na previdência e na imigração.

O partido Agrupamento Nacional (RN) da ultradireitista Marine Le Pen lidera as pesquisas na França para as eleições do Parlamento Europeu de junho, cerca de dez pontos à frente do partido no poder. Diante disso, Macron se disse “infeliz” por vê-lo liderar as pesquisas, denunciando a extrema direita como o partido do empobrecimento coletivo, da mentira e da ira fácil.

Com a guinada à direita, as propostas de Macron estão causando um intenso debate político e social na França, alimentando um panorama de incertezas em relação ao futuro do país.

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