EUA destroem mísseis rebeldes iemenitas em ato de solidariedade a Israel, informam fontes militares.

Os Estados Unidos continuam a exercer sua influência de maneira agressiva no Oriente Médio. Na terça-feira (16), as forças armadas americanas divulgaram a destruição de quatro mísseis dos rebeldes huthis no Iêmen, que representavam uma “ameaça iminente” para navios mercantes e militares. Este foi o terceiro ataque em menos de uma semana contra os huthis iemenitas, que têm como alvo navios mercantes na rota marítima do Mar Vermelho.

De acordo com o Comando Central Militar dos Estados Unidos (USCENTCOM), os mísseis balísticos anti-navio estavam prontos para serem lançados de áreas controladas pelos huthis. O ataque foi justificado como uma medida para proteger os interesses americanos e britânicos de possíveis ameaças. Os rebeldes, por sua vez, consideram legítimos seus ataques contra os navios pertencentes aos Estados Unidos e ao Reino Unido.

Esses conflitos refletem as tensões geopolíticas na região do Oriente Médio, com os Estados Unidos assumindo um papel proeminente na proteção das rotas marítimas no Mar Vermelho. Além disso, as forças americanas interceptaram mísseis e drones lançados a partir do Iêmen nas últimas semanas, sinalizando uma escalada nas hostilidades.

As ações dos rebeldes huthis são justificadas, do seu ponto de vista, como uma solidariedade aos palestinos de Gaza, que enfrentam ataques constantes de Israel. No entanto, Washington nega qualquer conexão entre os ataques dos huthis e Israel, salientando que o principal objetivo é proteger os interesses comerciais e militares no Mar Vermelho.

O contexto desse conflito também é marcado pelo recente aumento das tensões entre Israel e o grupo islamista Hamas, que resultaram em milhares de mortes e críticas internacionais. Os Estados Unidos, enquanto apoiam Israel, também enfrentam desafios militares vindos do Irã, que teriam apoiado grupos armados contrários aos interesses dos EUA no Iraque e na Síria.

Assim, a persistência dos conflitos no Oriente Médio coloca em evidência a complexidade das relações geopolíticas na região e a constante intervenção das potências mundiais, como os Estados Unidos. Espera-se que estes acontecimentos sejam seguidos por mais desdobramentos nos próximos dias, à medida que as tensões no Oriente Médio continuam a se intensificar.

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