Escalada militar no Iêmen preocupa ONGs humanitárias e agrava crise humanitária no país devastado pela guerra.

A recente escalada de conflitos no Iêmen tem gerado preocupação entre mais de vinte organizações humanitárias, que alertam para as consequências desastrosas desse cenário para um país já devastado pela guerra e fortemente dependente da ajuda internacional. Os Estados Unidos e o Reino Unido realizaram uma série de ataques contra rebeldes huthis iemenitas nos últimos dias, em resposta a ataques a navios no Mar Vermelho, uma área marítima essencial para o comércio global.

A crise humanitária no Iêmen já é uma das mais graves do mundo e a recente escalada dos conflitos tem o potencial de agravar ainda mais a situação dos civis vulneráveis e dificultar a capacidade das organizações humanitárias de fornecerem serviços essenciais. Pelo menos é o que afirmam 26 ONGs que trabalham naquele país, incluindo nomes como CARE, Save the Children e a norueguesa Norwegian Refugee Council.

O Iêmen, considerado o país mais pobre da península arábica, está imerso em um conflito que já dura oito anos, envolvendo o governo e uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, contra os rebeldes huthis, que são próximos do Irã.

Toda essa situação se torna ainda mais preocupante quando vista no contexto da pandemia de Covid-19, que já vem agravando problemas humanitários em diversos países. Somando isso à crise de fome e à falta de acesso a serviços básicos de saúde em muitas regiões do Iêmen, a escalada recente dos conflitos coloca a população civil em risco extremo.

As organizações humanitárias pedem um cessar-fogo imediato e urgente, que possa dar espaço para a negociação de um acordo de paz duradouro. Enquanto isso, elas também pedem que a comunidade internacional intensifique seus esforços para fornecer ajuda humanitária ao Iêmen, não apenas para mitigar o sofrimento humano imediato, mas também para estabelecer as bases para uma reconstrução efetiva e duradoura do país.

O apelo dessas organizações não é apenas uma manifestação de preocupação, mas também uma chamada à ação para evitar um desastre ainda maior no Iêmen. Este é um momento crítico que exige a atenção e ação coordenada de todos os atores internacionais que têm influência sobre o conflito no país.

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