Ex-ministro da Guatemala recupera liberdade após uma semana preso por não levantar bloqueios durante protestos contra perseguição judicial ao presidente.

“Nada mais justo do que a justiça ser feita”, foi com essas palavras que David Barrientos, ex-ministro do Interior da Guatemala, expressou sua satisfação ao ser libertado de sua semana de prisão. Sua detenção foi resultado de sua recusa em dispersar os bloqueios de estradas que ocorreram durante os protestos contra a perseguição judicial ao presidente Bernardo Arévalo.

Barrientos deixou a prisão na noite de terça-feira, após a juíza penal Wendy Coloma conceder sua liberdade imediata. Coloma descartou as provas apresentadas pelo Ministério Público, declarando “falta de mérito” na acusação contra Barrientos.

O ex-ministro era acusado de crimes de descumprimento de deveres e desobediência por se recusar a remover à força os bloqueios de estradas. No entanto, Barrientos defendeu suas ações, afirmando que priorizou a vida dos guatemaltecos durante as manifestações.

Ele enfatizou que sua decisão foi motivada pela intenção de evitar uma guerra civil e uma violência incontrolável. Apesar das críticas contra sua atuação, Barrientos reafirmou que, diante de uma situação semelhante, tomaria as mesmas medidas para garantir a segurança da população.

Os bloqueios de estradas foram uma forma de protesto contra a procuradora-geral Consuelo Porras, exigindo sua renúncia. Esses protestos foram uma resposta às ações judiciais que buscavam impedir a posse do presidente Arévalo. A situação política na Guatemala permanece tensa, mesmo após a posse do novo presidente, que prometeu combater a corrupção no Estado.

A libertação de Barrientos reflete a complexidade dos eventos políticos recentes no país. É evidente que a população guatemalteca está engajada em protestos e movimentos populares, sinalizando sua insatisfação com os rumos tomados pelo governo.

Portanto, o caso de David Barrientos serve como um reflexo das tensões políticas e sociais presentes na Guatemala. Como um ex-ministro do Interior, sua libertação foi um desdobramento significativo a ser acompanhado de perto, à medida que o país continua enfrentando desafios em seu cenário político.

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