Barrientos deixou a prisão na noite de terça-feira, após a juíza penal Wendy Coloma conceder sua liberdade imediata. Coloma descartou as provas apresentadas pelo Ministério Público, declarando “falta de mérito” na acusação contra Barrientos.
O ex-ministro era acusado de crimes de descumprimento de deveres e desobediência por se recusar a remover à força os bloqueios de estradas. No entanto, Barrientos defendeu suas ações, afirmando que priorizou a vida dos guatemaltecos durante as manifestações.
Ele enfatizou que sua decisão foi motivada pela intenção de evitar uma guerra civil e uma violência incontrolável. Apesar das críticas contra sua atuação, Barrientos reafirmou que, diante de uma situação semelhante, tomaria as mesmas medidas para garantir a segurança da população.
Os bloqueios de estradas foram uma forma de protesto contra a procuradora-geral Consuelo Porras, exigindo sua renúncia. Esses protestos foram uma resposta às ações judiciais que buscavam impedir a posse do presidente Arévalo. A situação política na Guatemala permanece tensa, mesmo após a posse do novo presidente, que prometeu combater a corrupção no Estado.
A libertação de Barrientos reflete a complexidade dos eventos políticos recentes no país. É evidente que a população guatemalteca está engajada em protestos e movimentos populares, sinalizando sua insatisfação com os rumos tomados pelo governo.
Portanto, o caso de David Barrientos serve como um reflexo das tensões políticas e sociais presentes na Guatemala. Como um ex-ministro do Interior, sua libertação foi um desdobramento significativo a ser acompanhado de perto, à medida que o país continua enfrentando desafios em seu cenário político.