A perseguição judicial a Arévalo e seu partido, Semilla, liderada pela procuradora-geral Consuelo Porras, foi ratificada por Giammattei. Arévalo e Porras têm sido alvos de críticas e enfrentam tensão política nos últimos meses, particularmente quando Arévalo avançou para o segundo turno em junho, desencadeando uma série de desentendimentos e confrontos judiciais.
A decisão dos Estados Unidos de vetar a entrada de Giammattei e seus filhos representa a mais recente medida tomada pelo governo de Joe Biden contra pessoas da Guatemala. Nos últimos três anos, quase 400 pessoas do país foram proibidas de entrar nos Estados Unidos ou receberam sanções. O governo de Biden acusa representantes do setor privado e funcionários de participar de atividades corruptas e minar a democracia e o Estado de Direito na Guatemala.
A relação entre Giammattei e Washington ficou ainda mais tensa nos últimos tempos, especialmente quando o governo Biden manifestou apoio a Arévalo diante do assédio judicial. Giammattei tem sido alvo de acusações de corrupção, com informações confiáveis que indicam que ele aceitou propina em troca do desempenho de suas funções públicas.
A decisão dos Estados Unidos reflete uma postura firme contra a corrupção na Guatemala, destacando a importância de manter o estado de direito e a responsabilização dos atores corruptos. A corrupção enfraquece as instituições democráticas, permite a impunidade e dificulta a prosperidade econômica, o que pode levar a migração irregular e prejudicar a capacidade do governo de atender às necessidades do povo.