Casey descreveu a situação desesperadora enfrentada pelos pacientes nos hospitais, que muitas vezes precisavam esperar por horas ou até mesmo dias para receber tratamento, e pediam por comida ou água. Ele relatou um cenário preocupante nos hospitais, com pacientes aguardando “basicamente à espera da morte”, devido à falta de combustível, energia e água, e com a equipe médica reduzida e poucos insumos médicos.
A superlotação era um problema em diversos hospitais, como no complexo médico de Al-Nasr, onde restavam apenas 30% dos funcionários para atender a uma ocupação perto de 200% da capacidade de leitos. A situação estava ainda pior na unidade de queimados, onde havia apenas um médico para 100 pacientes.
A situação crítica nos hospitais de Gaza é agravada pela falta de acesso à ajuda humanitária, que tem sido negada pelas autoridades de Israel. Casey ressaltou a importância de um cessar-fogo e do acesso à ajuda humanitária, e destacou os desafios enfrentados pelas equipes de saúde devido à falta de segurança, que impede o deslocamento para áreas que necessitam de assistência.
O relato do funcionário da OMS é um alerta para a gravidade da situação nos hospitais de Gaza, que demanda uma resposta urgente e eficaz para atender às necessidades médicas e humanitárias da população. A denúncia levanta preocupações sobre a crise humanitária em curso na região e a necessidade de um esforço internacional para prestar assistência e garantir o acesso dos palestinos a cuidados de saúde adequados, em meio à destruição, superlotação e escassez de recursos.