Chuvas fortes aumentam risco de doenças como leptospirose, hepatites e dengue; estado do Rio de Janeiro em alerta.

As chuvas intensas que têm acometido várias cidades têm trazido muito mais do que destruição e transtornos para os moradores locais. Com essas chuvas, chegam também um conjunto de doenças que representam sérios riscos à saúde, como leptospirose, diarreias, hepatites A e E, tétano e dengue.

No estado do Rio de Janeiro, onde fortes tempestades atingiram vários municípios no último fim de semana, a Secretaria de Estado de Saúde tem alertado a população e as secretarias municipais de Saúde sobre os perigos e a necessidade de prevenção, monitoramento e tratamento das enfermidades relacionadas aos alagamentos. De acordo com a secretaria, é comum o aumento de casos dessas doenças, em média duas semanas após as tempestades.

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A superintendente de Emergências em Saúde Pública da Secretaria de Estado de Saúde, Sílvia Carvalho, ressaltou os cuidados que devem ser tomados nesses casos. É preciso ficar atento a sintomas como febre alta, calafrios, dor no corpo e diarreia, e procurar imediatamente uma unidade de saúde para que as doenças sejam identificadas e tratadas de forma adequada e não ocorram complicações, destaca Sílvia, em nota divulgada pela secretaria.

Além disso, a Secretaria de Saúde também tem orientado os municípios a monitorarem a ocorrência de casos nas unidades de saúde locais e a reforçar essa medida junto às equipes de médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde. É fundamental que o profissional de saúde, que está em contato direto com a população nas unidades de saúde e abrigos temporários, tenha esse olhar ao promover o atendimento ao paciente.

Conforme informações da secretaria, o risco de contaminação em períodos de enchente é muito grande. A leptospirose, por exemplo, pode ser transmitida pela água da chuva ou pela lama contaminadas com a bactéria presente na urina e nas fezes de ratos, quando entram em contato com a mucosa ou feridas na pele. Os sintomas são febre alta, calafrios, dores musculares e icterícia (pele amarela).

Por isso, a recomendação é evitar entrar em contato com a água. Caso seja inevitável, é importante usar botas e luvas, ou sacos plásticos amarrados para proteger os pés e as mãos. Especialistas da Secretaria de Saúde também orientam a filtrar e ferver a água antes do consumo, para eliminar bactérias, vírus e parasitas.

No que se refere à dengue, a proliferação do mosquito causador pode ser reforçada pelas chuvas fortes. A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro recomenda que a população fique atenta aos sintomas da doença: febre alta, manchas vermelhas, dor muscular, dor de cabeça e no fundo dos olhos e perda de apetite. Quem apresentar esse quadro, deve ir imediatamente a uma unidade de saúde.

A leptospirose precisa de atenção médica, porque pode causar hemorragias, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória, enquanto a hepatite A pode provocar cansaço, febre, tontura e sensação de mal-estar que podem durar várias semanas. Além disso, o risco de transmissão de tétano acidental ocorre por meio de lesões no contato com lixo e destroços durante enchentes ou alagamentos. A bactéria causadora da doença pode estar presente na pele, fezes, leite, terra, galhos, plantas baixas, água suja e poeira.

Portanto, é necessário que a população esteja alerta e que as autoridades competentes tomem medidas de prevenção e tratamento eficazes para evitar que essas doenças se propaguem ainda mais e causem complicações à saúde dos moradores. É fundamental que as orientações e recomendações das autoridades de saúde sejam seguidas à risca para garantir a segurança e o bem-estar da população.

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