Diretor da AIEA afirma que o Irã está restringindo “de maneira sem precedentes” a cooperação com a agência.

Irã desrespeita agência da ONU e continua com programa nuclear

Segundo notícias recentes, o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, fez críticas contundentes ao Irã por restringir a cooperação com a entidade. Grossi afirmou que a agência estava sendo usada como um “refém” em meio às disputas do Irã com as grandes potências mundiais. Os inspetores da AIEA têm enfrentado dificuldades para realizar suas missões na República Islâmica desde 2021, quando encontraram obstáculos constantes.

Grossi descreveu a situação como “frustrante” e afirmou que alguns inspetores foram excluídos de equipes devido à sua nacionalidade, o que ele considera inaceitável. Ele ressaltou que a AIEA está sendo usada como uma ferramenta para disputas políticas, o que caracteriza uma situação “inaceitável”.

Além disso, Grossi abordou a questão do programa nuclear iraniano, afirmando que o país realizou um gesto positivo ao diminuir sua produção de urânio enriquecido a 60%, mas que esse progresso foi revertido no final do ano. Ele mencionou que a animosidade entre os Estados Unidos e o Irã ampliou as tensões na região.

O diretor da AIEA enfatizou que a diplomacia continua sendo a solução, mas as negociações para reinstaurar o acordo nuclear com o Irã têm enfrentado dificuldades, sem sucesso até o momento. Ele também compartilhou sua preocupação com a usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, que está sob controle das forças russas e ainda é um ponto de preocupação para a AIEA.

Apesar das dificuldades enfrentadas pela agência, Grossi destacou que a AIEA conseguiu realizar algumas inspeções fundamentais na usina e confirmar que não há militarização do local. Ele ressaltou que insistir para obter acesso a certos locais pode ser desafiador, mas a agência tem persistido para garantir a segurança nuclear.

Em suma, a situação entre o Irã e a AIEA permanece tensa, com desafios sendo enfrentados pela agência no cumprimento de suas missões. A diplomacia continua sendo a solução recomendada, mas as recentes notícias indicam que as tensões no Oriente Médio continuarão sendo motivo de preocupação para a comunidade internacional.

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