Este novo ataque acontece pouco tempo após os Estados Unidos incluírem mais uma vez os huthis em sua lista de grupos “terroristas”. Segundo o comando militar no Oriente Médio (Centcom), os mísseis dos huthis representavam uma ameaça iminente aos navios mercantes no Mar Vermelho, o que motivou os bombardeios.
Além disso, este foi o quarto ataque realizado pelas forças americanas no Iêmen em apenas uma semana, atingindo diferentes áreas do país, como o porto de Hodeida e a cidade de Taez, de acordo com veículos dos huthis, incluindo o canal de TV Al-Masirah e a agência de notícias Saba.net.
O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, pediu o fim da agressão contra o Iêmen, afirmando que os bombardeios podem dificultar o diálogo com os huthis.
Outro ponto importante a ser destacado é a designação dos huthis como grupo terrorista global pelos Estados Unidos, o que entrará em vigor dentro de 30 dias. Em fevereiro de 2021, os Estados Unidos haviam retirado os huthis de sua lista de “organizações terroristas” para facilitar a entrega de ajuda humanitária ao país.
Apesar do esforço para evitar afetar a ajuda humanitária, o Departamento de Estado afirmou que esta designação visa colocar pressão sobre o grupo rebelde, restringir seu acesso aos mercados financeiros e responsabilizá-los por suas ações.
Os Estados Unidos também alegam que os huthis têm atacado navios no Mar Vermelho, incluindo um navio americano chamado “Genco Picardy”, no Golfo de Áden, e justificam os bombardeios como uma resposta necessária para proteger as embarcações civis e militares.
Tendo em vista a gravidade das ações envolvendo os rebeldes huthis e a crescente tensão entre os Estados Unidos e o Irã, a situação no Iêmen pede atenção e merece ser acompanhada atentamente nos próximos dias.