De acordo com Canedo, as comportas do sistema não estão funcionando devido à falta de manutenção nos últimos dez anos. A chuva forte que caiu recentemente sobrecarregou a infraestrutura existente, resultando no acúmulo de água na região. Além disso, a poluição, o acúmulo de lixo e o assoreamento dos rios também contribuem para a dificuldade de escoamento da água.
Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Baixada Fluminense está localizada abaixo do nível do mar da Baía de Guanabara, o que dificulta o escoamento da água em caso de inundações. No entanto, Canedo ressaltou que a Holanda, que é ainda mais baixa que a Baixada, não enfrenta problemas de inundação devido à eficiência de seus sistemas de drenagem.
O professor também comentou sobre o Projeto Iguaçu, um programa destinado a controlar as inundações na região da Baixada Fluminense. Financiado pelo governo federal, o projeto recebeu investimentos milionários para a sua execução, mas foi interrompido devido à crise econômica que afetou o estado do Rio de Janeiro.
Apesar dos obstáculos, Paulo Canedo acredita que o Projeto Iguaçu pode ser retomado no futuro, devolvendo a esperança de uma solução para as inundações na Baixada Fluminense. O projeto incluía a realização de obras físicas, como barragens e diques, e serviços, como dragagens, a partir de uma análise detalhada da bacia hidrográfica como um todo.
Portanto, apesar dos desafios enfrentados pela região, a retomada do Projeto Iguaçu representaria um avanço significativo na resolução do problema das inundações na Baixada Fluminense, oferecendo alívio aos moradores que sofrem com os impactos das chuvas intensas.