Manobras militares da Otan vão simular confronto com “adversário de dimensão comparável” em maior exercício em décadas.

A Otan anunciou nesta quinta-feira (18) que realizará manobras militares para simular um confronto com um “adversário de dimensão comparável”. O exercício, que ocorrerá próximo do aniversário de dois anos da invasão da Ucrânia pelas tropas russas, não mencionou diretamente a Rússia, que é a maior ameaça aos membros da aliança militar.

O comandante supremo das Forças Aliadas na Europa, general Christopher Cavoli, afirmou que as manobras serão uma demonstração de unidade, força e determinação para proteger os valores e a ordem internacional assente em normas. Participarão cerca de 90 mil militares, 50 navios de guerra, 80 aviões e 1.100 veículos de combate de todos os tipos, tornando-se a maior manobra da Otan em décadas.

O almirante Rob Bauer, chefe do comitê militar da Otan, destacou que será um recorde em termos de número de soldados e que o Reino Unido enviará 20.000 soldados do Exército, da Marinha e da Força Aérea para as manobras militares. O secretário da Defesa britânico, Grant Shapps, confirmou que cerca de 16.000 soldados, com tanques, artilharia e helicópteros, serão enviados pelo Exército britânico para toda a Europa de Leste no âmbito dessas manobras.

Desde o início da ofensiva russa em grande escala na Ucrânia, a Aliança Atlântica reforçou suas defesas na frente oriental, enviando milhares de soldados para lá. Segundo Bauer, as forças terrestres russas sofreram pesadas perdas em solo ucraniano, mas a Marinha e a Força Aérea russas continuam a ser forças “consideráveis”.

É importante ressaltar que as manobras militares da Otan ocorrem num contexto de tensão entre Rússia e Ucrânia, e em meio ao pleiteamento de países como a Suécia para ingressar na aliança militar, o que tem gerado forte oposição por parte da Rússia.

Com informações da Agência Lusa, as manobras militares da Otan representam um esforço conjunto para a preparação e defesa contra possíveis agressões, demonstrando a determinação dos membros da aliança em proteger uns aos outros e garantir a ordem internacional baseada em normas.

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