O pedido, por meio de um documento conhecido como “remissão”, visa a investigação já em andamento no TPI sobre crimes cometidos não apenas em Gaza, mas nos territórios ocupados da Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Israel. O TPI, estabelecido em 2002 para perseguir os autores de atrocidades como genocídios e crimes contra a humanidade, iniciou em 2021 uma investigação nos Territórios Palestinos, em decorrência de denúncias contra Israel, Hamas e outros grupos armados palestinos. A intervenção do TPI ganha particular relevância diante dos numerosos relatórios da ONU que podem descrever numerosos incidentes que constituem crimes de competência do TPI.
O México, que se manteve neutro no conflito, informou também que está “monitorando de perto” o caso apresentado na semana passada pela África do Sul contra Israel, acusando-o de cometer genocídio em Gaza, perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ), a mais alta instância judicial da ONU. O governo mexicano declarou estar em apoio à investigação de qualquer violação dos direitos humanos que possa ter ocorrido durante o conflito.
Além disso, vale ressaltar que o pedido de investigação desses dois países latino-americanos expressa a preocupação internacional com a situação que está em curso no Oriente Médio, refletindo a importância de se apurar os possíveis crimes de guerra que ocorreram durante o conflito entre Israel e o Hamas. A apresentação do pedido de investigação feito por México e Chile ressalta a necessidade de justiça e esclarecimento em um contexto de violência e tensão no Oriente Médio. Apesar de se manterem neutros no conflito, ambos os países se manifestaram a favor da investigação, sinalizando um posicionamento claro em relação à situação, em busca de uma solução justa e pacífica para o conflito.